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Roberto Baggio: "Fiquei muito satisfeito com o título do Nápoles"

Roberto Baggio, melhor marcador da Itália no Mundial-1994
Roberto Baggio, melhor marcador da Itália no Mundial-1994Profimedia
O "Divin Codino", entrevistado pela Sportweek, falou sobre a nova época da Serie A, recordando os seus tempos e analisando o atual panorama do futebol italiano.

Quando se fala de futebol, Roberto Baggio é, sem dúvida, uma das vozes italianas mais fiáveis. O "Divin Codino", melhor marcador da Itália no Campeonato do Mundo de 1994, é um dos futebolistas mais emblemáticos do país. E a sua entrevista à revista Sportweek, em que quebra um longo silêncio, ilustra bem a sua ligação ao futebol, como ele próprio sublinha: "Invejo os futebolistas de hoje, quem me dera poder continuar a jogar."

Anti-conformista e muitas vezes fora do coro, Baggio fala do Scudetto conquistado pelo Nápoles no ano passado. Uma vitória que veio "com a alegria de jogar futebol" e que o campeão do Veneto apreciou muito.

"Fiquei muito satisfeito. Foi a equipa que melhor se expressou ao longo do ano. Penso que, no final, é bom para o futebol ter uma equipa diferente das habituais a ganhar o Scudetto. Tenho de dar os parabéns ao presidente De Laurentiis, a Spalletti, a toda a gente.... Desmantelaram a antiga equipa e construíram uma muito forte", analisou.

Os favoritos

Obviamente, o "Divin Codino" foi questionado sobre quem são os candidatos a ganhar o Scudetto este ano. Todos mudaram alguma coisa e os milaneses, em particular, mudaram muito e tentaram reforçar-se, mas precisam de tempo para encontrar o equilíbrio certo. O Nápoles vai querer confirmar-se e a Juventus vai tentar redimir-se, com a vantagem de poder apostar tudo no campeonato.

"Será importante ver como começam. No ano passado, o Nápoles começou bem e depois continuou a ganhar confiança", lembrou.

Quanto aos milaneses, Baggio recordou a forma como foram protagonistas das duas jogadas de mercado invertidas.

"Há dois movimentos que me ficaram na memória. O primeiro é a transferência de Tonali para o Newcastle, que eu não esperava. Sem ele, o Milan perde muito. O outro é a transferência de Frattesi para o Inter, porque é um jogador de que gosto e que sigo", assumiu.

O penálti

A pergunta inevitável surgiu no final da entrevista, quando Baggio foi questionado sobre se já fez as pazes com o momento em que o penálti que falhou, atirando por cima da trave, significou a derrota da Itália na final do Campeonato do Mundo de 1994.

"Paz é uma grande palavra... É algo que não pode ser apagado. Ganhar um Campeonato do Mundo era um sonho que perseguia desde criança, e na América acabou da única forma que nem sequer tinha pensado. Não sabem quantas vezes sonhei em jogar a final, em marcar golos e ganhar para fazer a Itália vibrar. E, em vez disso, o comboio dos desejos andou para trás", lamentou.

Por fim, uma piada sobre a omnipotência económica do futebol árabe, recordando que, para ele, o único amor era o azul.

"No meu tempo, recebi propostas importantes de Espanha e, depois, sobretudo do Japão. Mas eu tinha uma fixação que era a seleção nacional. Queria ficar em Itália para vestir sempre a camisola da Azzurra. Queria ir para o Japão, sim, mas para jogar o Campeonato do Mundo de 2002", brincou.