Serie A: AC Milan recebe Nápoles para se manter na disputa com Leão em dúvida
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Fresco e motivado ao fim de quatro vitórias consecutivas - com mais quatro pontos do que o atual campeão italiano e segundo classificado Inter -, o Nápoles de Antonio Conte chega a San Siro com previsões favoráveis, mas também com a necessidade de iniciar da melhor forma possível a primeira etapa de montanha de uma digressão complicada.
E sim, porque ao vencer o AC Milan de Paulo Fonseca, a Azzurra enfrentaria os próximos desafios com um espírito diferente: Atalanta (casa), Inter (fora), Roma (casa) e Torino (fora). Pelo meio, a última pausa internacional do ano, embora, ao contrário dos seus adversários - com exceção do Torino - não há jornadas europeias pela frente.
E não há dúvida de que um dos principais fatores do empolgante início de temporada dos napolitanos reside justamente na possibilidade de ter sete dias para preparar um jogo. Um aspeto fundamental, especialmente quando há um novo comandante no banco e mudanças na equipa: "Ninguém esperava que tivéssemos estes pontos e que estivéssemos nesta posição, mas fizemos o nosso trabalho até agora", garantiu Conte após a quarta vitória consecutiva, por 1-0, sobre o Lecce.
No entanto, na véspera do jogo de San Siro, o antigo selecionador italiano preferiu manter-se em silêncio. Provavelmente porque já tinha dito o que tinha a dizer sobre o próximo rival, imediatamente após o jogo contra a equipa da Apúlia: "Agora vamos para Milão, que no ano passado nos venceu por 19 pontos. Trata-se de um teste importante contra um clube de topo, em San Siro. Vamos lá com a maturidade que demonstrámos até agora e com o desejo de competir".
Rafael Leão
Durante a análise sobre o próximo rival, Conte - que regressa ao estádio onde conquistou o seu último Scudetto - também respondeu sobre a possibilidade de construir uma jaula em torno de Rafa Leão ("O Milan não é apenas Leão, mas certamente não lhe devemos ceder espaço"), mas a verdade é que a presença do português no onze inicial não é muito provável.
Paulo Fonseca parece estar decidido a seguir o seu próprio caminho, aquele que, pelo menos para já, não contempla a presença de Léo na sua equipa titular:
"O Rafa trabalhou bem, não há nenhum caso. Ele vai voltar a ser o campeão que todos conhecemos", admitiu o treinador lusitano.
Para muitos, no entanto, não é muito normal que o melhor jogador do plantel - pelo menos no papel - seja relegado para segundo plano. Porque se é verdade que, enquanto os resultados acompanharem o AC Milan, o caso ficará debaixo do tapete, assim que os primeiros tropeços surgirem, vai ser impossível não levantar o tapete, mesmo que o objetivo de Fonseca seja recuperar a sua estrela antes que isso aconteça.
A corrida ao Scudetto
O ex-treinador da Roma está consciente de que se o AC Milan quiser lutar até ao fim pelo Scudetto, não pode prescindir dos golos, da imprevisibilidade e da mudança de ritmo que um Leão em forma dá à equipa.
As suas qualidades podem ser ainda mais necessárias contra o Nápoles, dada a ausência de Tijjani Reijnders e Theo Hernandez, que deviam ter cumprido castigo contra o Bolonha, mas que devido ao adiamento são baixas para a receção ao líder
"Não sei se o Nápoles é favorito: a tabela do campeonato diz que é o mais forte e é uma das equipas que pode ganhar o Scudetto. Nós também estamos na corrida", atirou Paulo Fonseca.