Stefano Pioli fala dos reforços e de Rafael Leão: "Quero um AC Milan ofensivo e dominante"
Stefano Pioli fala à Sky Sport no momento em que o AC Milan está a concretizar o seu sexto reforço de verão, com a compra de Okafor ao Salzburgo.
"Quero um AC Milan feliz. Tenho um objetivo e disse a todos: ser feliz e treinar jogadores felizes. Feliz por jogarmos juntos e por praticarmos um determinado tipo de futebol. E por vestir uma camisola tão prestigiada. Há entusiasmo e emoção, como é normal no início da época. Somos o AC Milan e 2023/2024 tem de ser importante. Estamos a chegar à nova época com algumas mudanças, mas vejo toda a gente motivada", afirmou o treinador.
Sobre os objetivos, Stefano Pioli não embandeirou em arco.
"Ganhar um Scudetto é muito difícil e muito bonito, dá-nos a ideia do trabalho que fizemos durante o ano. Ganhar a Liga dos Campeões seria algo de excecional, mas também é preciso um pouco de sorte. Penso que para ganhar um campeonato há mais méritos, e para a Liga dos Campeões também são necessárias muitas outras situações", explicou.
O novo líder é Mike Maignan
Órfão de Ibrahimovic, Pioli elegeu um novo líder no balneário milanês,
"Ibra era o líder desta equipa. E não há ninguém que possa ocupar o seu lugar. Se tivesse de nomear um jogador que é um líder, esse seria Mike Maignan. Ele tem uma mentalidade, uma determinação e uma obsessão por ser o melhor que pode ser contagiosa. É um ponto de referência", disse Stefano Pioli, que falou também do português Rafael Leão.
"Pelo que está a mostrar, no campo e nas suas atitudes, espero que cresça ainda mais. Ainda tem margem para melhorar, embora já esteja a um nível muito elevado", explicou o treinador.
O físico de Loftus-Cheek, a habilidade de Reijnders, a inteligência de Pulisic
O treinador do AC Milan falou, depois, das contratações já asseguradas.
"Loftus-Cheek é um jogador forte. Combina físico e qualidade, gosta de se adaptar. Gostaria de o ver sempre na área do adversário. Com base nas características, vamos tentar desenvolver um jogo proactivo com jogadores mais ofensivos, capazes de encontrar a jogada vencedora, algo que, talvez, nos tenha faltado no passado em alguns jogos taticamente complicados", começou por referir.
"Reijnders é também um jogador de qualidade, movimenta-se bem, é inteligente, sabe dar as soluções certas ao seu colega de equipa em posse de bola. Também pode ser perigoso na zona ofensiva. Tem conclusão e verticalização. Sabe empatar o jogo, marcar golos e também tem golos nas pernas", elogiou Stefano Pioli, antes de falar de Pulisic.
"Pulisic é um grande jogador. E quando digo isso, quero dizer que ele é alguém que sabe fazer a coisa certa na altura certa. E quando temos alguém como ele à nossa disposição, as coisas tornam-se mais fáceis. Ele pode desempenhar vários papéis. É certamente inteligente e salta por cima dos homens, quer se trate de um contra um, de um passe ou de uma inserção. É equilibrado e diferente dos seus colegas de equipa. Continuo a acreditar que características diferentes, num sistema de jogo bem definido, podem dar à equipa uma imprevisibilidade extra", analisou o técnico.
4x3x3 e jogadores capazes de fazer as escolhas certas
Um meio-campo renovado, após a saída de Tonali, é a nova realidade do AC Milan para 2023/2024.
"No meio-campo, procurámos novos nomes, novas posições e novas características. As chegadas de Loftus-Cheek e Reijnders completam o processo. Acreditamos que enveredámos por um caminho de jogadores de qualidade, mais controlo de bola e situações ofensivas. Tudo isto para sermos uma equipa ainda mais ofensiva e dominante. Na metade ofensiva do campo, gostaria de ter jogadores capazes de fazer as escolhas certas no momento certo, algo que nem sempre conseguimos fazer", começou por explicar Stefano Pioli, confirmando o 4x3x3 como modelo a adotar na nova temporada.
"O 4x3x3 pode ser uma mudança, sim, mas muito dependerá do conhecimento que teremos em campo, ou se outros jogadores chegarem. Também vamos utilizar outros sistemas, mas já estamos habituados a mudar dentro do mesmo jogo. Vai ser preciso muito espírito e tempo, porque estão a chegar novos jogadores, mas eles já são maduros. Sabem manter-se em campo e relacionar-se com o resto da equipa, que tem uma base sólida há muitos anos. São rapazes inteligentes, querem aprender, desde a língua até ao campo, e são um grupo coeso. Tenho um sentimento positivo", assumiu o treinador.