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Textor tentou contratar Abel, arrepende-se por Lage e pede teto salarial no Brasileirão

Alex Xavier
O empresário americano acha que o Bahia pode dominar o futebol brasileiro
O empresário americano acha que o Bahia pode dominar o futebol brasileiroVítor Silva/Botafogo
John Textor, o dono da SAF (SAD em Portugal, ndr) do Botafogo, pediu a introdução de um teto salarial para os jogadores da Série A e revelou que tentou "repetidamente" contratar o treinador português do Palmeiras, em entrevista ao portal ge divulgada esta quarta-feira (17).

"O Brasil trouxe o dinheiro do petróleo (do Médio Oriente) para casa. Se não fizermos nada, se não criarmos um teto salarial, o Bahia vai ganhar todos os campeonatos por 20 anos consecutivos", disse o empresário norte-americano.

"Aviso para todos os adeptos do Flamengo, acabou", acrescentou.

Textor argumentou que, por ser controlado pelo Grupo City, o Bahia é financiado por Abu Dhabi. "Estou a competir contra um país, assim como (com o PSG) na França", afirmou o acionista maioritário da Eagle Football, que também controla o Lyon.

O PSG é financiado por um fundo nacional do Catar.

Comum nos desportos americanos, o teto salarial é discutido há muito tempo no futebol mundial mas nunca saiu do papel. No início do ano, a UEFA admitiu que, embora concorde com a prática, disse que a mesma não seria implementada num futuro próximo por ser um "assunto muito complicado".

O Bahia de Ceni (dir.) é controlado pelo mesmo grupo dono do Manchester City
O Bahia de Ceni (dir.) é controlado pelo mesmo grupo dono do Manchester CityEC Bahia

Abel Ferreira na mira

John Textor também revelou que tem "intensa ambição" em ganhar ao Palmeiras esta quinta-feira (01:00), pelo Brasileirão, mas "não vingança".

"Todos os fatores fora de campo que podem trazer esse sentimento de vingança não têm nada a ver com os jogadores", explicou.

Admitiu que "admira" o treinador português Abel Ferreira. "Tentei contratá-lo, ele disse não repetidamente", revelou.

"Os jogadores e as camadas jovens (do Palmeiras) são fantásticos. Eu compro jogadores de 20 milhões para competir com alguém que eles formam na própria casa, porque nós somos novos nisso. Eles são favoritos todos os anos", disse Textor.

Arrependimento

Sobre a perda do título em 2003, o americano reconheceu que "deveria ter ficado com o Bruno Lage", demitido após 16 partidas.

"Teve um colapso por causa do futebol brasileiro, pela intensidade nas conferências de imprensa. Ele é um grande professor, os jogadores não se habituaram com ele", afirmou.

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