Três grandes temas no arranque da Serie A: Equipas embaladas, reforços decisivos e mão de Motta
As equipas ainda não estão preparadas
Nem todas as equipas estavam preparadas para a estreia. Principalmente por "culpa" da janela de transferências ainda aberta, que vai afetar os vinte clubes da Série A até ao encerramento, mas também devido à condição física e aos automatismos a encontrar.
É certo que algumas equipas não sofreram com os esforços da preparação ou com a mudança de treinador, mas muitas outras pareceram ainda atrasadas ou incompletas. Alguns exemplos:
O Nápoles demonstrou a perplexidade de muitos (incluindo o próprio Antonio Conte) em relação ao plantel, sobre o qual pesou a não venda de Victor Osimhen; o AC Milan, com Paulo Fonseca, teve muitas dificuldades, mas tem o álibi de não ter lançado os reforços Strahinja Pavlovic, Emerson Royal e Youssouf Fofana (e Álvaro Morata apenas na segunda parte);
O Bolonha, revolucionado com as saídas de Riccardo Calafiori e Joshua Zirkzee, teve muitas dificuldades, sobretudo para finalizar; a Roma ainda se mostrou sem brilho e talvez demasiado ligada ao futuro de Paulo Dybala.
Novas contratações imediatamente decisivas
Álvaro Morata, Marco Brescianini, Mateo Retegui, Daniel Mosquera, Dailon Rocha Livramento e, ainda que parcialmente, Samuel Mbangula: o número de recém-chegados imediatamente não é muito elevado, mas foi, no entanto, decisivo para o destino dos respectivos clubes.
Acima de tudo, para resolver as partidas em Lecce e Verona: na Via del Mare, a Atalanta venceu por 0-4 graças ao bis dos recém-chegados ao plantel de Gian Piero Gasperini, enquanto no Bentegodi, as duas últimas compras de Sean Sogliano mostraram serviço.
A mão de Thiago Motta
Havia muita expetativa para a estreia do novo técnico da Juventus, Thiago Motta. E, contra o Como, os adeptos presentes no estádio certamente desfrutaram, tentando apagar o último período da gestão de Allegri.
O treinador ítalo-brasileiro surpreendeu todos ao lançar o semi-desconhecido Samuel Mbangula a titular, que no primeiro remate à baliza colocou os Bianconeri em vantagem para incredulidade geral, dando a si próprio a primeira alegria com a camisola.
A equipa, ao contrário das prestações anteriores, apesar das muitas peças em falta e das estreias, não se acomodou com o 1-0 e continuou a exibir o seu futebol. E pouco importava que o adversário fosse uma equipa recém-promovida.
A equipa da casa continuou a pressionar até aos segundos finais, altura em que, com o jogo já fechado e após duas bolas ao ferro de Dusan Vlahovic, chegou o 3-0 por Andrea Cambiaso e algumas oportunidades para o quarto golo.