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Umberto Calcagno, presidente da AIC: "Greve dos jogadores? Vamos encontrar um terreno comum"

ANSA
Umberto Calcagno, presidente da associação de futebolistas de Itália
Umberto Calcagno, presidente da associação de futebolistas de ItáliaPier Marco Tacca / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
Para o presidente da associação de futebolistas de Itália, "a saúde dos jogadores é a base do espetáculo".

"Espero que a situação possa ser resolvida de outra forma, sem ter de recorrer a uma greve, mas é necessário encontrar um ponto de encontro"disse o presidente da Assocalciatori (AIC), Umberto Calcagno, pronunciando-se sobre a posição de Koundè e Rodri relativamente aos calendários cada vez mais intensos.

Os dois futebolistas, partilhando o pensamento de outros jogadores de topo, como Mbappé, Bellingham, Carvajal, Allison e van Dijk, falaram de uma possível greve contra o número crescente de competições e, consequentemente, de jogos a disputar durante a época.

"O que foi lançado, mais do que uma ameaça, é um grito de alarme, que parte dos jogadores e do número de lesões cada vez mais frequentes, e parte também dos clubes que já não sabem gerir os compromissos dos seus membros. É uma questão que diz respeito à saúde dos jogadores, mas que toca todo o nosso mundo, desde a distribuição de recursos, à valorização dos campeonatos nacionais, ao crescimento dos jovens, à salvaguarda do valor desportivo das competições", acrescentou o dirigente.

"Com a união mundial FifPro, chegámos ao ponto de entrar em conflito com a FIFA, porque a entidade reguladora não pode beneficiar também economicamente da criação de novas competições. Ninguém quer impedir a criação de novas oportunidades de receitas, mas temos de ter em conta que, para maximizar as receitas, corremos o risco de vender um produto de má qualidade: um futebolista após o seu 60.º jogo não pode garantir um desempenho de topo e há campeões que, com a instituição do Campeonato do Mundo de Clubes, poderão disputar 80 jogos por época", lembrou Umberto Calcagno.

"Temos de nos interrogar sobre o tipo de futebol que queremos para o futuro", disse Calcagno.

"Hoje percebemos que não se trata de um fator económico, mas que a saúde dos jogadores é a base do desempenho. Além disso, ninguém fala sobre a forma de distribuir os recursos por aqueles que não participam nas taças e ninguém fala sobre a forma de salvaguardar a saúde dos jogadores. Temos mesmo a certeza de que a concentração de recursos nas competições europeias, aumentando o fosso económico entre os grandes clubes e os clubes de pequena e média dimensão, será a melhor forma de atrair mais adeptos no futuro?", questionou, a terminar.