Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Superliga chinesa levanta restrições aos adeptos e bilhetes esgotam "em cinco minutos"

AFP, Pedro Fernandes
O renovado Workers' Stadium, em Beijing
O renovado Workers' Stadium, em BeijingCGTN/Facebook
A nova temporada da Superliga chinesa arranca no sábado, depois de três anos marcados pelas medidas restritivas associadas à COVID-19, tendo os bilhetes esgotado em cerca de cinco minutos para o duelo mais aguardado da primeira jornada da prova.

O remodelado Workers' Stadium, na capital chinesa, vai acolher a cerimónia de abertura e o duelo entre Beijing Guoan e Meizhou Hakka, um dos quatro jogos que marcam o início da temporada de futebol no país.

Depois das restrições aplicadas ao futebol chinês desde o início da pandemia, que incliuíram encontros disputados em "bolhas" seguras ou o limite de público nos estádios, os adeptos vão poder voltar a acompanhar as suas equipas nos jogos em casa e fora.

Global Times, órgão de comunicação estatal, revelou que serão 68 mil as pessoas que vão assistir ao confronto entre Beijing Guoan e Meizhou Hakka, assegurando que os bilhetes esgotaram cinco minutos depois de terem sido colocados à venda, esta quinta-feira.

O mesmo jornal lembrou ainda que este será o primeiro jogo realizado naquele estádio depois de uma vasta remodelação, sublinhando ser "o local perfeito para o início de uma nova era no futebol chinês". 

Por seu lado, a Soccer News anunciou que outros jogos da primeira jornada estão também a ser alvo de forte procura no que à bilhética diz respeito

O Wuhan Three Towns, campeão em título, também entra em ação no sábado, ao receber o Shanghai Port, num jogo com afluência prevista de 40 mil pessoas, o que confirma o regresso à normalidade no desporto do país.

No passado recente, a China teve reputação de gastar uma vasta quantia de dinheiro em transferências e salários, principalmente com jogadores e treinadores estrangeiros de renome, mas a realidade de hoje é diferente, numa altura em que o brasileiro Óscar é um dos poucos nomes grandes da modalidade a permanecer no campeonato local.

Xi Jinping tem a ambição de ver a China acolher e, eventualmente, vencer um Mundial, mas a sua seleção ocupa atualmente o modesto 81.º lugar no ranking da FIFA.

O futebol chinês está também sob suspeita devido a um grande escândalo de corrupção que tem feito com que vários administradores sejam investigados, incluindo o presidente da Associação de Futebol, Chen Xuyuan. Li Tie, antigo jogador da Premier League e ex-selecionador nacional, foi também visado.

As decisões anteriores levaram ainda à desistência rrecente de vários clubes, entre os quais o Jiangsu Suning, antigo campeão chinês.

Apesar de tudo isso, os adeptos estão desejosos de voltar aos estádios sem qualquer restrição relacionada com a COVID-19.

"Não vi um jogo ao vivo diurante três anos e não quero esperar mais", sublinhou um adepto, questionado pelo The Paper in Shanghai.

"Na época passada houve alguns jogos fora em que se venderam bilhetes, mas não fui a nenhum pela inconveniência de sair de Beijing", explicou.

A Superliga chinesa tem 16 equipas e termina em novembro.