O atual campeão da Europa é uma equipa que tem de ser reconhecida em todos os aspectos, mas as circunstâncias actuais permitem ao Sevilha sonhar. Com as saídas de Gündogan no Barça, Mahrez, que partiu para a Arábia Saudita, e as ausências do impressionante Kevin De Bruyne, do magistral Bernardo Silva e de Ruben Dias, a muralha portuguesa, o feito parece mais provável.
Cerca de mil adeptos do Sevilha estarão em Atenas para apoiar uma equipa ambiciosa que tenta conquistar a sua segunda Supertaça na sétima participação na competição. Apenas a primeira vez que a equipa andaluza conseguiu conquistar o título.
Acompanhe a partida no Flashscore
O Sevilha disputou as suas duas primeiras finais consecutivas no Mónaco, quando existia um único local para este jogo. Na primeira, venceu o Barcelona de Rijkaard, com um ataque formado por Ronaldinho, Eto'o e o imberbe Messi. Uma vitória por 3-0 que apanhou os blaugranas com o pé esquerdo e mostrou que a equipa treinada por Juande Ramos estava em plena forma. Nessa temporada, além de ganharem a sua segunda Taça UEFA e a Taça do Rei, lutaram pelo título de campeão até à penúltima jornada.
Foi, sem dúvida, o melhor Sevilha de todos os tempos. Essa foi a primeira e única Supertaça que a equipa sevilhana conquistou.
Especialmente dolorosa foi a segunda tentativa. A notícia da morte de Antonio Puerta apanhou o Sevilha precisamente em Atenas para defrontar o AEK, na segunda mão da fase preliminar da Liga dos Campeões. O jogo foi cancelado. Era terça-feira, 28 de agosto de 2007. Nessa sexta-feira, disputava-se a final da Supertaça contra o AC Milan. A tragédia abateu-se sobre uma equipa que partiu para o jogo com pouco sono e com a imensa dor de se despedir do seu companheiro de equipa de 22 anos.
O moderno estádio Georgios Karaiskakis acolherá a grande final do futebol europeu. O Sevilha vai procurar uma reviravolta contra uma equipa do City que atingiu o seu auge. No seu sétimo ano como treinador do Manchester City, Guardiola coroou finalmente a sua equipa como vencedora da Liga dos Campeões. Foi o seu 14. º título, depois de cinco Premier League, quatro Taças da Liga, duas Taças de Inglaterra e duas Community Shields. São os favoritos, mas o Sevilha não entende de previsões, mas de epopeias e façanhas. Em Atenas, terra dos deuses, vai lutar até ao último minuto para quebrar as previsões mais uma vez.
