Bancadas despidas e bronze para o SC Braga: bracarenses vencem Famalicão (1-1, 5-4 g.p.)
Recorde as principais incidências da partida
Ao contrário do que acontece na vertente masculina, a Supertaça feminina joga-se num formato de final-four, com as três melhores equipas do último campeonato e o vencedor da Taça de Portugal a disputarem meias-finais para decidirem finalistas e a dupla de equipas a disputar o encontro de atribuição de 3.º e 4.º lugares. SC Braga e Famalicão discutiram este último na manhã desta quarta-feira, algumas horas antes do dérbi entre Benfica e Sporting para decidir o vencedor.
Com o Estádio Municipal de Aveiro a ter capacidade para albergar cerca de 30 mil pessoas, pouco mais de uma centena de adeptos marcou presença num duelo com início marcado para 11:00, de uma quarta-feira. Resultado: uma clara oportunidade perdida para promover o futebol jogado por mulheres em Portugal.
Desvio traiçoeiro
Ainda numa fase muito embrionária da época, SC Braga e Famalicão ainda em construção de processos com os novos treinadores Tomás Tengarrinha e Miguel Santos, respetivamente, protagonizaram um duelo equilibrado e maioritariamente jogado longe das duas balizas.
Assente numa linha de três centrais, com Amani e Sissi a aparecerem nos corredores e um miolo também a três com Baldwin, Dolores e Ana Rute, a equipa bracarense entrou melhor no jogo, mas foi o Famalicão a chegar primeiro à vantagem, aos 11 minutos, num lance bafejado pela sorte. A capitã Regina Pereira, uma das poucas resistentes do plantel famalicense em relação à última época, bateu um livre lateral e viu a bola ser desviada pela central Melisa Hasanbegovic (ex-Sporting) para o fundo da própria baliza.
Uma recompensa para a formação liderada por Miguel Santos, que se apresentou num sólido 5-2-3 e deu já sinais de um bom entrosamento entre as jogadoras, uma nota bastante positiva tendo em conta a revolução que foi feita no plantel para a nova época.
O golo fez com que o domínio da partida passasse para as mãos do Famalicão e, aos 17 minutos, Maksuti esteve perto de dilatar a vantagem, depois de um erro tremendo de Hasanbegovic, que entregou, literalmente, a bola à avançada albanesa. Valeu a enorme intervenção de Patrícia Morais.
Amani forçou penáltis
No segundo tempo, Tomás Tengarrinha procurou a todo o custo inverter o rumo dos acontecimentos e o 'seu' Braga conseguiu restabelecer a igualdade no marcador pouco depois da hora de jogo. O treinador das minhotas promoveu uma tripla alteração aos 60 minutos - Vitória Almeida, Vânia Duarte e Miller foram a jogo - e a verdade é que o golo apareceu pouco depois, aos 64', num lance bem trabalhado.
O Famalicão falhou a saída na primeira fase de contrução e Ana Rute descobriu Jolina Amani em boa posição para a finalização e a atacante neerlandesa colocou o esférico no canto superior direito da baliza famalicense, sem hipótese de defesa para a brasileira Gabi Crocco.
Com pouco mais de meia hora para tentarem a vantagem, Famalicão e SC Braga não conseguiram o tão desejado golo e seguiram para o desempate através das grandes penalidades, onde o SC Braga foi mais feliz. A capitã Regina Pereira falhou a quinta grande penalidade - duas vezes, depois da árbitra assinalar repetição devido ao mau posicionamento - e Carol Rocha confirmou a vitória bracarense.