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Fenerbahçe emite comunicado e explica protesto no jogo da Supertaça da Turquia

Mário Rui Ventura
Fenerbahçe entrou em campo com a equipa sub-19 e abandonou o jogo após o 1-0
Fenerbahçe entrou em campo com a equipa sub-19 e abandonou o jogo após o 1-0Profimedia
Um dia depois de ter abandonado a final da Supertaça da Turquia, após sofrer um golo logo no primeiro minuto, num jogo em que se apresentou com a equipa sub-19, o Fenerbahçe emitiu esta segunda-feira um comunicado a explicar as razões do seu protesto.

Recorde o Galatasaray-Fenerbahçe

No comunicado, publicado nas redes sociais e no site oficial, o Fenerbahçe recordou os vários desafios que tem vindo a enfrentar no futebol turco, e que o levou a protestar com a arbitragem nas competições internas e também com o papel que a Federação Turca de Futebol tem tido neste âmbito.

"Nos últimos 20 anos, o Fenerbahçe tem lutado contra um sistema injusto no futebol turco. O clube e toda a sua comunidade tem continuado a demonstrar a sua posição contra este sistema injusto através de meios desportivos e legais", pode ler-se no início do longo comunicado do clube turco.

"Perdemos o campeonato três vezes em sete épocas nos últimos jogos, lembrando especialmente o jogo contra o Denizlispor, em 2006, encontro esse que foi interrompido várias vezes devido ao arremesso de substâncias estranhas para o campo. Em 2010/2011, o clube foi falsamente acusado de viciação de resultados por uma organização terrorista infiltrada no Estado e foi alvo de um processo judicial. De 2011 a 2021, o clube travou uma batalha judicial antes de provar a sua inocência. Como resultado disto, o clube sofreu perdas comerciais significativas e uma redução para metade do valor da sua empresa devido à armadilha que foi montada. Fomos privados do direito de participar na Liga dos Campeões durante duas épocas pela Federação Turca de Futebol, sem sequer esperar pelo resultado judicial", elenca o Fenerbahçe, recordando os incidentes que se registaram durante o jogo contra o Trabzonspor, a 17 de março, que terminou com uma invasão de campo e agressões entre adeptos e jogadores do Fenerbahçe.

"As medidas de segurança inadequadas levaram a que centenas de pessoas invadissem o campo e tentassem atacar os jogadores. Apesar das ações defensivas dos nossos jogadores, para se protegerem contra os agressores organizados em Trabzon, a Federação Turca de Futebol considerou as suas ações dignas de punição", lembra o Fenebahçe, lembrando ainda o facto de a federação turca ter rejeitado o adiamento da final da Supertaça para uma data posterior, pedido feito pelo Fenerbahçe devido à sua participação nos quartos de final da Liga Conferência, o que levou o clube a ter de apresentar uma equipa composta por jogadores da equipa de sub-19 - decisão que saiu da Assembleia Geral Extraordinária do clube, que teve lugar a 2 de abril e que reuniu um número recorde de participantes (mais de 23 mil sócios).

"Uma das decisões tomadas nesta Assembleia Geral Extraordinária foi o adiamento da final da Supertaça para uma data posterior, devido aos jogos dos quartos de final da Liga da Conferência da UEFA, e a insistência em ter um árbitro estrangeiro a arbitrar o jogo contra o clima injusto do futebol. Caso contrário, a equipa teria de colocar em campo a equipa de sub-19 ou não participaria de todo. O pedido do clube foi igualmente rejeitado pela Federação Turca de Futebol. Na sequência destas decisões, e em resposta à rejeição final da Federação Turca de Futebol e a todas as injustiças sofridas, o Fenerbahçe esteve muito perto de vencer a final da Supertaça, colocando em campo a sua equipa de sub-19. O jogo terminou com a retirada da nossa equipa do campo. Sublinhamos que entrámos em campo não para ganhar, mas para defender a verdade", explica o Fenerbahçe.