Hjulmand a capitão: "É um líder, mas é natural, e vimos isso durante a época. Alguém que chega e tem todas as atitudes que ele teve dentro e fora de campo... Foi muito claro para toda a gente. Quando falámos, na equipa técnica, com o próprio Seba, o Neto e o Viana, a primeira coisa que todos disseram era que o Morten tinha de ser um dos capitães. Escolhemos a ordem, e pareceu-me claro, apesar de haver jogadores de grande importância. A liderança não quer dizer que seja o jogador mais bonito, o que joga mais, mas o que tem dentro dele algo de diferente a dar à equipa. Foi muito claro que o Morten era essa pessoa, mas temos de ser todos, porque saíram pessoas muito importantes do nosso grupo. Estas coisas não se fazem de um dia para o outro. Estamos todos preparados para precaver a saída de gente muito importante. Se formos a dizer, saíram praticamente os capitães todos."
Final da Taça de Portugal: "É uma época diferente, um jogo diferente. Há muito entusiasmo em Alvalade, mas também do lado do FC Porto, e os ciclos são assim. Será importante para o FC Porto vencer, mas é muito importante para nós vencer. É importante termos 11 jogadores, e, nos Clássicos, às vezes, isso é difícil. Vamos ver. Acho sempre que o primeiro toque na bola, o primeiro lance de perigo, tem mais influência do que qualquer outra coisa que ocorreu. Estamos preparados, o FC Porto também, e vai ser um excelente jogo."
Mais importante para Sporting ou FC Porto? "Não posso falar pelo Vítor Bruno. Sinto-me muito mais pressionado agora. Era algo que eu não entendia. Estamos nos Jogos Olímpicos, e vi gente que já ganhou muitas medalhas a dizer que a pressão é cada vez maior, e eu consigo perceber. Poderá ser a inconsciência de quando cheguei, mas sinto-me muito pressionado agora. Sinto que é muito mais importante para nós do que para o FC Porto, porque estamos num patamar diferente ao que começámos. Temos uma estabilidade diferente. O FC Porto é que viveu um momento de instabilidade. A responsabilidade está mais do nosso lado."
Vítor Bruno elogiou equipa técnica do Sporting: "Relembrando uma conversa com um grande treinador do FC Porto, isso são histórias de embalar, digamos assim. Não me deixo levar por isso. Agradeço o elogio. É uma equipa técnica muito fortes, muita simpatia pela família da minha mulher, em Coimbra, que é da mesma zona. Desejamos a todos a melhor sorte, não nas taças e no campeonato, mas que tenha sorte na carreira."
Condição física dos internacionais do FC Porto: "É claro que as caraterísticas individuais contam, mas são coisas que mostramos em vídeos. O que mostrámos foi a ideia do FC Porto, e a ideia do FC Porto não mudou durante a pré-época (...). O posicionamento dos jogadores foi mais ou menos o mesmo, e foi isso que mostrámos aos jogadores. Em vez de adivinharmos o onze que o FC Porto vai apresentar, focámo-nos no sistema de jogo e nas rotinas, e isso é o mais importante. Jogue quem jogar do lado do FC Porto, serão grandes jogadores e uma grande equipa. Estamos preparados para qualquer eventualidade."
Futuro no comando técnico do Sporting: "Não falarei mais do meu futuro. Caio muitas vezes, mas não vai haver qualquer comentário. Estou muito feliz, até ao último dia."
Integração dos reforços: "Eles têm noção, vêm países de futebol e conhecem o ambiente deste tipo de jogos. Estão preparadíssimos, são jogadores de grande qualidade. O 'scouting' voltou a acertar. São duas grandes contratações, veremos se serão titulares."
Futuro de Viktor Gyokeres: "Vou deixar essas coisas para o Hugo Viana. Sabemos os jogadores importantes que queremos manter, estamos a fazer esse esforço, e, até agora, está a funcionar. Vou-me focar mais no que posso controlar. Temos os nossos jogadores importantes referenciados, não os queremos vender."
Lesões de St. Juste: "Também passei por muitas lesões. O importante para mim é ver que um jogador se cuida muito, treina muito bem, quer muito e fica muito desesperado quando volta a jogar. Isso é muito importante. Se o St. Juste estivesse a treinar devagarinho, se faltasse aos tratamentos, se não fizesse reforço muscular, se estivesse nas férias e não fizesse qualquer tipo de trabalho, aí, seria um problema para nós. Agora, um jogador que faz tudo o que pode, que sofre sempre que tem uma lesão, que chega ao balneário e está desesperado... Enquanto quiser, vai ter a ajuda de toda a gente aqui. Acreditamos que, um dia, o St. Juste vai voltar, não vai ter lesões, nós vamos adequar um bocadinho a posição, ele vai-se gerir melhor... Na pré-época, após estar muito tempo parado, fez piques atrás de piques, e cabe-me gerir essa parte. Lesões a mais ou menos... Todos os jogadores passam por essas fases, e estaremos cá para o ajudar."
Lacunas do plantel: "Todos os plantéis têm lacunas. Se tivesse de escolher entre o incerto e o certo, eu escolheria o certo, que é fechar já o mercado. Todos os plantéis podem melhorar, ainda temos um mês pela frente. Vamos ver o que acontece."
Terminar com 11 jogadores: "É precaver o tipo de faltas, que adversário estamos a defrontar, o que podemos evitar... O resto, não controlamos. É tentar acabar o jogo com 11 jogadores."
Nova regra de apenas o capitão poder falar com o árbitro: "Gosto da regra do capitão. Acho que vai custar... Assim que soube da regra, quase que mudei para o Nuno Santos, para não ser expulso (risos). Estamos a evoluir no caminho certo. Vou tentar também cumprir essa regra e não refilar com o árbitro. Devagarinho, chegamos lá, mas concordo com a regra."
Estabilidade defensiva sem Coates: "Temos que mudar, mas também era essa a evolução que queríamos fazer. O Seba controlava muito bem, era muito inteligente e era forte no jogo aéreo. Todos os treinadores fazem essas adaptações tendo em conta as características dos jogadores. Vamos tentar aproveitar isso para trabalhar outras coisas. Estamos a tentar dar esse passo. Sofremos muitos golos no início, mas depois fomos quase a melhor defesa e tivemos vários jogos sem sofrer no fim. O importante é partirmos desse ponto e não darmos passos atrás."
Kovacevic não aparece inscrito na Liga: "Não faço ideia. Dizem-me que está apto para jogar amanhã. Mas poderá ser o tal problema dos vistos... não sei."
Jogo da Taça serve de modelo? "Nós não usámos muito o jogo da final da Taça porque a partir da expulsão o jogo muda. O posicionamento dos nossos médios temos de melhorar. O relvado também atrapalhava um bocadinho os jogadores do Sporting. Controlámos mal a profundidade. Vamos tentar matar a profundidade jogando mais longe da nossa baliza. FC Porto continua com coisas importantes que já tinha: é muito competitivo e está habituado a ganhar. Espero que o resultado seja diferente e que sejamos muito melhores do que aquilo que fomos naqueles 20 e tal minutos. Não sei bem agora."