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O tempo para testes chegou ao fim, mas o Flashscore esteve atento à pré-época de leões e dragões. A poucos dias da Supertaça, eis o ponto de situação do Sporting.
Novas soluções
À semelhança do que aconteceu no verão de 2023, o mercado do Sporting não foi particularmente agitado. Com apenas dois reforços confirmados (Vladan Kovacevic e Zeno Debast), Rúben Amorim trabalhou com as armas da época passada e procurou lidar com as saídas importantes de elementos como Coates e Paulinho recorrendo à prata da casa.
Se a transferência inesperada de Coates acabou por ser colmatada pelos jogadores que já faziam parte do plantel (Inácio e Diomande deverão ocupar a posição), os leões ainda procuram um substituto para Paulinho. Enquanto a situação de Ioannidis continua em banho maria, a formação aproveitou para sobressair.
Rodrigo Ribeiro, que parecia já não ter espaço neste Sporting, mostrou-se na pré-época e é, para já, o substituto de Gyökeres. O jovem avançado fez dois golos, uma assistência e teve direito a meia hora no jogo de apresentação, indicador de que, por agora, conta para Rúben Amorim. Rafael Nel também se mostrou na pré-época e deverá, pelo menos, ter garantido a renovação contratual.
Além da posição mais avançada do terreno, o Sporting encontrou novas soluções para outros setores. Mateus Fernandes regressou a bom nível depois do empréstimo ao Estoril e Geovany Quenda acabou por surpreender o próprio Rúben Amorim.
Falta de profundidade ofensiva
Já aqui mencionámos a ausência de um substituto para Paulinho, mas ficou evidente que este Sporting precisa de mais soluções ofensivas, especialmente numa temporada em que vai participar na Liga dos Campeões.
A possível contratação de Ioannidis (leia aqui a análise ao avançado grego) será decisiva para colmatar um espaço enorme no plantel, mas Rúben Amorim vai ter de encontrar outras armas para enfrentar uma temporada que se espera ainda mais exigente.
Na pré-época, Marcus Edwards apresentou o mesmo nível da segunda metade da época passada, o que não é, de todo, um indicador positivo, e faltam soluções para a posição habitualmente ocupada por Pedro Gonçalves. Além de ser obrigatório contratar um avançado, o Sporting chega à Supertaça com carência na posição de extremo a jogar pela esquerda, ainda que jogadores como Nuno Santos (lesionado) possam ocupar essa posição.
Reforços em pontos diferentes
Se a posição de defesa-central não era vista como prioritária, pelo menos até à saída de Coates, há muito que o Sporting precisava de um reforço para a baliza. Adán já tinha comprometido na época 2022/23 e era evidente que esta era uma posição carenciada em Alvalade.
A aposta em Franco Israel deu os seus frutos, embora o uruguaio também não tenha convencido totalmente, especialmente a sair dos postes. Nesse sentido, depois de confirmado o adeus a Adán, o Sporting foi contratar o bósnio Vladan Kovacevic ao Rakow, guardião que deixou um misto de sentimentos nesta pré-época.
O conforto com a bola nos pés é notório e é desde já um claro upgrade aos outros dois guarda-redes mencionados, mas também mostrou falhas no controlo da profundidade, algo essencial para ser guarda-redes do Sporting, e insegurança entre os postes. A continuidade no onze e o entrosamento com o resto da equipa (basta lembrar as mudanças na defesa dos leões ao longo da pré-época) podem ajudar a diminuir a frequência destes erros.
Por outro lado, Zeno Debast parece ser já uma contratação certeira por parte da direção presidida por Frederico Varandas. O internacional belga de apenas 20 anos mostra argumentos muito interessantes com bola. Defensivamente ainda não deu sinais de comprometer, ficando apenas por esclarecer qual a posição da defesa que irá ocupar.
Boas e más notícias na defesa
Uma das boas notícias é precisamente a incursão de Zeno Debast, que vem acrescentar qualidade defensiva e de passe à defesa leonina. No entanto, o eixo defensivo também foi o que demonstrou maiores debilidades ao longo da pré-época.
Ousmane Diomande apresentou-se na linha do pós-CAN e mostrou as habituais falhas de concentração. O mesmo aconteceu com Eduardo Quaresma, que chegou a ser testado à esquerda, mas não se mostrou confortável. A juntar a tudo isto, as constantes lesões de Jeremiah St. Juste vieram colocar ainda mais um ponto de interrogação na defesa do Sporting.
Apesar da qualidade dos centrais, surge a dúvida sobre como é que a equipa de Rúben Amorim vai lidar, pela primeira vez, com a ausência de Seba Coates.
Por fim, e aqui mais direcionado à Supertaça, surgem as dúvidas nos corredores defensivos. À direita, as opções continuam a acumular, de tal forma que a continuidade de Ricardo Esgaio ainda não está garantida. Quenda juntou-se a Catamo e Fresneda como solução para o flanco direito, mas é na esquerda que surgem os problemas para o confronto com o FC Porto.
O castigo de Matheus Reis e a lesão de Nuno Santos deixam Rúben Amorim com um problema no corredor esquerdo. Geny Catamo fez a posição frente ao Athletic, mas não conseguiu apresentar o rendimento que costuma ter do lado oposto. Por outro lado, Esgaio ou Fresneda, que também passaram pelo corredor esquerdo na pré-época, não conseguem acrescentar do ponto de vista ofensivo.