Vítor Bruno e o reencontro com Francisco Conceição: "Tornou-se um tema delicado e não devia sê-lo"
Importância de um título: “Ganhar é sempre importante, seja em que circunstância for, contra que adversário for. É uma Supertaça, um troféu em causa. Este clube está habituado a altos níveis de conquista. Mas é um jogo isolado, de uma época longa com Mundial de Clubes, é exigente. O que acontecer no sábado não vai ter influência no desenrolar da época. Entrar a ganhar é importante, a equipa está bem, sente-se energia, confiança e alguma desconfiança perante o alerta máximo que tem de ser diante do adversário”.
Internacionais: “Eu falei com bases que temos ao nosso dispor que temos uma série de ferramentas que permitem aferir em que ponto é que os jogadores chegam e perceber até que ponto estão preparados para responder à exigência do jogo. Já foram tomadas decisões. Alguns irão a jogo, outros ficaram de fora, outros poderão entrar no decorrer do mesmo. É adequar a intervenção ao que jogo está a pedir. É a realidade do mundo de futebol, hoje temos a facilidade de ter mais jogadores à disposição na ficha de jogo”.
Diferenças no FC Porto atual: “Eu acho que esta é uma fase em que temos de atribuir menos importância à comparação e mais à análise ao que está em jogo. É uma equipa com traços que podem vir de trás, traços novos, nuances diferentes. Com maior ou menor riqueza, isso serão vocês a dizer. Mas não vou entrar no traço comparativo que não traz nada de benéfico”.
Comportamento: “O único espaço que poderão ter é ambição louca de ganhar. Sabem disso, tem sido tema de conversa diário. A forma apaixonada como atuam todos os dias, o carácter, tudo o que vai regendo enquanto valores ali dentro, confluente com o que se passa com as gentes do clube. É aquilo que nunca se vão poder desviar e não é negociável”.
Fator surpresa: “Foi o lado mais generoso do Rúben Amorim a tentar dar um comprimido para adormecer. Há nuances que podem aparecer e ser de mais difícil acesso, eu percebo, mas ele antecipou todos os cenários que poderá encontrar, nuances mais presentes de um passado mais recente. Ele sabe o que vai encontrar, não há grandes segredos hoje em dia. Ninguém está numa posição de supremacia. O Rúben Amorim tem limitações por jogadores que neste momento não pode utilizar, nós perdemos Pepe e Taremi, mas teremos outros para dar resposta. Eu estou confiante pelo que vejo, os jogadores dão sinais e indicadores. A pré-época acabou, foram oito jogos que correram bem, a nossa análise foi além do resultado final. Estamos em pé de igualdade”.
Francisco Conceição: “Não houve tratamentos diferenciados. Eu percebo o alcance da pergunta, é legítimo que o faça. Tornou-se num tema delicado, não devia sê-lo. O Francisco, como eu disse no primeiro dia, é tratado da mesma forma que qualquer outro atleta. Tem tido comportamento exemplar. Sempre numa lógica de reciprocidade. É um ativo do clube, com muita qualidade, e vai continuar a traçar o seu caminho".
Siga a Supertaça de Portugal no Flashscore
Toni Martínez: “Ele o Fran Navarro têm feito pré-época brilhante. Eles têm tido um compromisso com trabalho gigante, isso é o que mais me agrada, muito mais do que são os golos. Enquanto assim for, para mim está tudo bem”.
Coates: “O que muda no jogo do Sporting é o Rúben que sabe. O que me parece evidente é que a linha de quatro a defender já acontecia no passado. A miúde já tentou incutir essa situação, não é nada de novo. Sem o Coates pode ter garantido mais controlo de profundidade com uma defesa a quatro. Defende do perfil individual, o Quenda como ala é uma coisa, pode jogar o Trincão por fora com o Edwards por dentro. Ele vai perceber de que forma nos pode ferir, é o jogo do rato e do gato. Se ele jogar a quatro terá de ser o Rúben Amorim a responder”.
Mercado: “Não perder mais ninguém é uma mais-valia. Enquanto a atitude diária for a que eu acho que tem de ser a mais correta é sempre melhor manter o que temos, porque qualquer operação de mercado pode ser um tiro no escuro. Temos toda a confiança na administração e é latente que a qualquer momento pode sair alguém, por isso temos alvos muito bem identificados. Se mantivermos toda a gente para mim, perfeito. Não faço questão de ir buscar ninguém”.
Lado esquerdo do Sporting: “Acho que o perfil individual de qualquer um dos alas que temos permite aproveitar a falta de um lateral de raiz. Seja o Gonçalo Borges, o Gonçalo Sousa, o Francisco Conceição, estamos a falar de gente que gosta de assumir o risco. Também temos o André Franco que pode ser um quarto homem dentro e prolongar o tempo de ataque e isso também é importante. O Sporting está preparado e vai ter alguém que dá conta do recado, nós temos de encontrar formas de expor uma eventual deficiência”.