Vítor Bruno: "Os jogadores acreditaram, foram bravos e agarraram-se àquilo que é nosso"
Recorde as incidências da partida
Análise ao jogo: "Com os dois golos do Sporting, perdemo-nos um bocadinho. Acabámos por nos despenhar rapidamente, a chegar atrasados à pressão, a dar muito espaço na linha média, o Sporting a alimentar muito facilmente a largura, com momentos de envolvimento por fora... Sofremos o terceiro golo, e, depois, há momentos que acabam por marcar. O nosso golo do 3-1 é um momento muito importante no jogo, agarrou novamente a equipa, fê-la acreditar, e aproveitámos o intervalo."
Impacto da vitória: "É um jogo isolado. Estamos a falar de um adversário muito forte, que nos criou muitos problemas, que está muito bem solidificado, que sabe aquilo que faz em campo, que sabe atacar e defender... Criou-nos muitos problemas no controlo da profundidade, com um jogo entre-linhas muito forte, e temos de olhar muito para dentro. Há ainda um caminho muito longo por percorrer."
Mensagem aos jogadores: "Sabemos como devemos conduzir aqueles homens. Eles têm acreditado muito. O 3-0 podia levantar alguma desconfiança, até dos adeptos, mas os jogadores acreditaram, foram bravos e agarraram-se àquilo que é nosso. Queremos que se fidelizem muito à nossa ideia e que em todos os momentos vão atrás daquilo que querem e vamos construindo para alicerçar o que fazemos em treino. Tiveram alguma dificuldade, mas, quando agarraram no jogo, na segunda parte, foi muito forte, o que coincide com os golos."
Iván Jaime: "Quem entrou foram autênticas munições. É o repto que lançamos, que jogando um minuto ou 15, o espírito e o anel do compromisso tem de estar sempre presente."
Substituições: "Hoje deu certo, agora há dias em que não vai correr bem. É a vida de treinador. Há dias que corre assim. Ninguém é genial. Haverão certamente dias em que me vão crucificar pelas alterações que vou fazer. O resultado acaba por culminar naquilo que foi o desenlace final. O Sporting é um rival fortíssimo, temos um longo caminho pela frente ainda. Temos muito compromisso e isso não pode nos faltar."
Discurso ao intervalo, onde falou da final da Champions de 2005, entre Liverpool e AC Milan: "Eles falam muito, não podem dizer tanto, têm de se reservar mais e ser resguardados. Veio-me à memória porque foi uma final que assisti e que me marcou muito. E foi um desafio. Não podíamos ter receio. Fazendo o 3-2 o jogo podia abrir novamente e depois, com todo o motor que vem de fora, podíamos alavancar para algo épico. E foi assim que aconteceu."
Dedicatória do primeiro título: "Houve muitas coisas que me magoaram e que me doeram. Para mim é um capítulo encerrado. Os jogadores têm sido fantásticos. Acredito que hoje tivesse ficado alguma dúvida nos adeptos com o 3-0. É nesse momento que vamos buscar e agarrar aquilo que temos dentro de nós. Não é por estar neste cargo que sou diferente daquele que era. Ninguém me deu uma coroa. Neste clube temos de acreditar que aquilo que é impossível é possível."