Palestina procura a primeira vitória na Taça Asiática para honrar os que vivem em Gaza
Acompanhe as principais incidências da partida
Israel matou mais de 23.000 pessoas na sua ofensiva de mais de três meses, de acordo com as autoridades de saúde palestinianas no enclave governado pelo Hamas.
"Para nós, a mensagem que estamos aqui para transmitir através do futebol é qualificarmo-nos para a segunda fase porque a Palestina e o seu povo querem viver. É isso que podemos oferecer", disse o médio Oday Kharoub à Reuters na quinta-feira.
A Palestina joga com o Irão, a potência asiática, no domingo, seguido dos Emirados Árabes Unidos e de Hong Kong, na esperança de passar à fase a eliminar.
Israel lançou a sua campanha em Gaza depois de um ataque transfronteiriço a 7 de outubro por militantes do Hamas, no qual, segundo as autoridades israelitas, foram mortas 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e 240 foram feitas reféns em Gaza.
Kharoub disse que tem sido difícil para os jogadores, especialmente os que têm famílias em Gaza, concentrarem-se nos treinos quando os seus olhos estão colados às notícias entre as sessões, acompanhando atentamente o que está a acontecer no seu país.
"Os nossos corações estão com eles e só podemos rezar por eles. Inshallah, podemos fazê-los felizes, mesmo que seja só um pouquinho, ao nos classificarmos para a próxima fase. Essa é a nossa ambição", disse Kharoub.
O defesa Mousa Farawi admitiu que a equipa se preparou para jogar com bom humor, apesar da situação em Gaza.
"O grupo que temos é muito especial, por isso esperamos que Deus nos dê sorte e que dê a cada jogador a coragem necessária para jogar a um nível elevado. Vejo a Palestina na segunda fase, se Deus quiser", atirou.
O defesa Yaser Hamed acrescentou: "É um momento difícil para todas as famílias. Mas somos jogadores profissionais, temos de continuar a trabalhar da mesma forma que temos trabalhado nas últimas semanas".
Israel já foi campeão da Taça Asiática, quando organizou o torneio em 1964. Mas, no meio de tensões políticas e boicotes por parte de nações do Médio Oriente, Israel mudou para a confederação europeia UEFA em 1994.