Roberto Mancini critica jogadores da Arábia Saudita que optaram por abandonar a equipa na Taça Asiática
O guarda-redes Nawaf Al-Aqidi, o médio Salman Al-Faraj e o lateral Sultan Al-Ghannam foram excluídos por Roberto Mancini, antes do torneio continental no Catar, e o treinador italiano disse que todos eles estavam na lista inicial de jogadores convocados.
"Eles estavam na lista. O Salman disse-me que não queria jogar nos jogos amigáveis. Perguntei ao Sultão se estava contente por jogar e ele disse-me que não estava contente", disse Mancini aos jornalistas. antes da estreia na fase de grupos contra Omã, esta terça-feira.
"Os jogadores não decidem se jogam ou não, eu é que decido. Nawaf disse-me que viria, mas no dia seguinte, em Riade, disse que não queria vir. Tentámos falar com ele e incluímo-lo na lista. Há três dias, foi ter com o nosso treinador de guarda-redes e disse: 'Não quero ficar aqui se não puder jogar'. Só quero jogadores que lutem pelo seu país", explicou o treinador italiano.
Mancini, que tem uma carreira histórica como treinador, com troféus em clubes, bem como um Campeonato Europeu com a Itália em 2021, disse que nunca tinha visto jogadores a optar por sair da sua seleção nacional.
"Não percebo quando um jovem jogador se recusa a vir porque não sabe se vai jogar ou não. A seleção nacional não é um clube, é o nosso país. Representas todas as pessoas do teu país", acrescentou Mancini.
"Deves estar feliz se fizeres parte deste grupo. Esta é uma situação muito estranha e é a primeira vez que estou a viver isto... Mas encontrámos outros jogadores para jogar", disse.
A equipa saudita para a Taça Asiática não é tão experiente como a equipa que surpreendeu a Argentina na fase de grupos do Campeonato do Mundo de 2022, sendo que até Omã tem jogadores com mais internacionalizações.
"Tivemos estas duas semanas para trabalhar com os jogadores. Sabemos que todos os jogadores de Omã jogam regularmente na liga e são provavelmente mais fortes", disse Mancini.
"Mas estamos satisfeitos com os jogadores que temos, eles querem lutar pelo seu país. Omã tem bons avançados e médios, são muito perigosos no ataque. Por isso, amanhã será um jogo difícil", anteviu o treinador.