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Taça Asiática: AFC baniu jornalistas que abordaram selecionador do Iraque após a eliminação

Reuters
Jornalistas iraquianos foram vistos a gritar com Jesus Casas após a derrota do Iraque
Jornalistas iraquianos foram vistos a gritar com Jesus Casas após a derrota do IraqueReuters
Os jornalistas que interromperam a conferência de imprensa pós-jogo do treinador iraquiano Jesus Casas (50 anos), após a derrota com Jordânia, nos oitavos de final da Taça Asiática, foram proibidos de cobrir todos os torneios da AFC no futuro, informou a confederação esta terça-feira.

O Iraque foi derrotado por 2-3 pela Jordânia num jogo em que o avançado iraquiano e melhor marcador do torneio, Aymen Hussein, foi expulso no final, por ter festejado o golo.

A vantagem de um homem ajudou a Jordânia a recuperar o controlo quando estava a perder por 1-2 e marcou dois golos nos descontos, para eliminar o Iraque e passar aos quartos de final.

Na conferência de imprensa pós-jogo, jornalistas iraquianos furiosos foram vistos a gritar com Jesus Casas e mais de uma dúzia deles saíram a apontar o dedo ao treinador espanhol. Alguns foram afastados pelos funcionários quando se aproximaram do palanque.

"A AFC condena veementemente qualquer tipo de comportamento indisciplinado e agressivo e adota uma posição de tolerância zero contra tais ações", afirmou em comunicado.

"A AFC tomou a decisão rápida de impedir que os responsáveis façam a cobertura não só da Taça Asiática, mas também de futuros torneios da AFC", anunciou o organismo.

A associação de futebol do Iraque disse que as ações dos jornalistas eram uma "marca negra na história dos media iraquianos".

"Estes acontecimentos não têm qualquer relação com os autênticos meios de comunicação social iraquianos, conhecidos pelas suas posições honrosas", declarou a federação iraquiana.

"Denunciamos o comportamento flagrante e abominável que ocorreu contra o treinador e confirmamos que decidimos não lidar com este pessoal da comunicação social que procura causar o caos no futuro. Vamos seguir os métodos legais para restaurar a reputação do treinador e contactar as autoridades competentes para explicar o que aconteceu", acrescentou o organismo.

A AFC também condenou o facto de o árbitro iraniano Alireza Faghani ter sido visado, depois de o cartão vermelho a Hussein ter mudado a atmosfera do jogo e provocado abusos nas redes sociais.

Faghani, que foi nomeado Árbitro do Ano da AFC em 2016 e 2018, está a residir na Austrália.

O Football Australia disse aos meios de comunicação social que Faghani e a sua família receberão o seu apoio e que estão também a trabalhar com as autoridades policiais.

"Embora a AFC não comente os desempenhos individuais dos árbitros, condenamos veementemente qualquer forma de ameaça, assédio ou divulgação de informações pessoais contra os nossos árbitros, jogadores, dirigentes e todas as partes interessadas", acrescentou a AFC.

"Este tipo de comportamento vai contra o espírito de fair play e de respeito que promovemos no seio da comunidade futebolística asiática", pode ainda ler-se.