Taça Asiática: Coreia do Sul elimina Austrália (2-1), Jordânia acaba com sonho do Tajiquistão (1-0)
Austrália 1-2 Coreia do Sul (após prolongamento)
O Estádio Al Janoub assistiu ao que podia ser uma final antecipada (e foi mesmo a decisão do título em 2015). Pese embora torneios longe de encantar, Austrália e Coreia do Sul apareceram no Catar como favoritas a ganharem a Taça Asiática, mas só uma delas ia chegar às meias-finais.
Com apenas um golo sofrido durante todo o torneio (no empate com o Uzbequistão), a Austrália voltou a mostrar a solidez defensiva que pode muito bem significar um título. Permitindo maior posse de bola à Coreia do Sul, os homens de amarelo desdobravam-se depois rapidamente para o ataque, e conseguiam, quase sempre, provocar mais perigo.
Goodwin obrigou Jo Hyeon-Woo a uma boa defesa aos 20 minutos, antes de aos 32 acabar mesmo por ultrapassar o guardião sul-coreano, numa jogada que começa com perda de bola de Hwang-in Beom. Crueldade para a equipa de Klinsmann que minutos antes viu um golo anulado por fora de jogo.
No segundo tempo, a Coreia do Sul voltou a assumir as despesas da partida, mas foi a Austrália que teve as melhores oportunidades. A melhor aconteceu aos 54 minutos, quando Jo defendeu de forma consecutiva um cabeceamento de Behich e a recarga de Mitchell Duke.
E à melhor maneira de um chavão futebolístico… quem não marca, sofre. Aos 90+3 minutos, Lewis Miller derrubou Son na área. Chamado a converter o castigo máximo, Hwang hee-Chan conseguiu colocar a bola fora do alcance de Matt Ryan, que ainda adivinhou o lado. Foi o quarto golo dos sul-coreanos nos acréscimos.
De novo obrigada a um prolongamento, a Coreia do Sul foi mais assertiva do que perante a Arábia Saudita (onde só decidiu o jogo nos penáltis). E desta feita contou com um inspirado Son, que bateu um livre sem hipóteses para Matt Ryan.
A expulsão de Aiden O’Neill, aos 105+4 minutos, depois de uma entrada desastrada sobre Hwang hee-Chan foi o ponto final na resistência australiana. A Coreia do Sul dominou a seu bel-prazer o segundo tempo e vai voltar a encontrar a Jordânia nas meias-finais, com quem empatou (2-2) na fase de grupos.
Tajiquistão 0-1 Jordânia
Poucos seriam os que adivinhavam um duelo entre Tajiquistão e Jordânia nos quartos de final da Taça Asiática. Certo é que duas das seleções menos cotadas em prova tinham a porta aberta das meias-finais e nenhuma queria desperdiçar a oportunidade.
Contudo, o sentido de responsabilidade pareceu mais pesado do que a licença para sonhar e acabou por ser um jogo cinzento (apenas cinco remates enquadrados) que ficou decidido na sequência de um autogolo. Aos 66 minutos, a Jordânia bateu um canto no lado direito, com Al Mardi a cabecear a bola a embater, caprichosamente, no ombro de Khanonov antes de se ir aninhar nas redes de Yatimov.
Terminava por aqui o conto de fadas do Tajiquistão. Estreante na Taça Asiática, eliminou os Emirados Árabes Unidos de Paulo Bento e chegou a fazer sonhar, tudo isto obra de um muito característico Petar Segrt que decerto já ganhou o estatuto de herói nacional em Tashkent.
Quanto à Jordânia fica a aguardar agora por Austrália ou Coreia do Sul, dois dos favoritos, enquanto tenta dar ainda mais passos em direção à história.