Taça Asiática: Palestina assustou mas Catar (2-1) avança, Jordânia elimina Iraque (3-2)
Catar 2-1 Palestina
A defender o título, o Catar tinha ultrapassado a fase de grupos da Taça Asiática sem grandes dificuldades, com vitórias sobre Líbano, Tajiquistão e China, sem sofrer golos. Os oitavos de final ofereciam um desafio relativamente fácil aos anfitriões, diante de uma Palestina que tem estado nas bocas do mundo, mas devido à crise humanitária que se vive no território.
E peses embora todo o peso que a situação possa ter, até foi a Palestina quem começou melhor em Al Khor. Com o ex-Arouca Oday Dabbagh inspirado, os palestinianos foram provocados muito problemas à defensiva catatri. Num primeiro momento, Barsham ainda segurou o disparo de Mahajna, mas depois não foi capaz de evitar o primeiro golo.
Aos 37 minutos, Dabbagh arrancou dentro do meio-campo adversário e disparou cruzado, batendo o guardião adversário e silenciado o bem composto Al Bayt.
No entanto, se há coisa que este Catar demonstrou é perícia nas bolas paradas e foi assim que deu a volta ao jogo. Aos 45+6 minutos, Afif bateu o canto na direita e Al Haydos surgiu do segundo poste para rematar na zona de penálti, batendo a resistências palestiniana.
No segundo tempo foi a vez de Afif (49 minutos) inscrever o nome na lista de marcadores. Converteu o penálti assinalado após falta de Saleh sobre Almoez Ali. Estavam selados os três pontos e a presença nos quartos de final, onde os cataris esperam o vencedor do duelo entre Uzbequistão e Tailândia.
Iraque 2-3 Jordânia
Iraque e Jordânia dificilmente serão considerados dois nomes de topo do futebol mundial, mas o que é certo é que os conjuntos protagonizaram um belo jogo nos oitavos de final da Taça Asiática. Ambos já tinham deixado boas indicações na fase de grupos (iraquianos com a vitória diante do Japão e os jordanos com o empate sobre a Coreia do Sul) e isso ficou confirmado em Doha.
Viradas para a frente, as duas equipas registaram uma primeira parte animada, com a Jordânia a ter as melhores oportunidades, com Jalal Hachim a brilhar, primeiro a negar o golo a Al Naimat, que seguia isolado, e depois ao segurar o remate de Olwan.
Contudo, os jordanos iam mesmo fazer a festa. Aos 45+1 minutos, Yazan Al Naimat recolheu um passe errado no meio-campo ofensivo e, desta feita, não desperdiçou, picando a bola sobre o guarda-redes adversário, num belo golo.
Em desvantagem, o Iraque entrou para a segunda parte com tudo e foi recompensado. Aproveitando uma clara quebra física da Jordânia, os iraquianos empataram aos 68 minutos, com Suad Natiq a subir mais alto num canto apontado pela esquerda.
Com o jogo a entrar no quarto de hora final, Ayman Hussein (76 minutos) voltou a vestir a capa de herói e aproveitou uma bola perdida ao segundo poste para rematar cruzado e bater Abu Layla, que se começava a agigantar na baliza jordana. Uma explosão de alegria dos adeptos iraquiano seguida de preocupação: o árbitro considerou os festejos excessivos e mostrou o segundo amarelo a Hussein. Melhor marcador da prova, com seis golos, acabou por ser protagonista da partida, mas não pelos motivos que esperava.
Em vantagem numérica, a Jordânia ganhou nova vida e assumiu o controlo. Encostou o Iraque à área e consegui uma reviravolta no espaço de dois minutos. Aos 90+5 minutos, Al Arab aproveitou uma defesa incompleta do guarda-redes e empatou, de forma furtiva na pequena área.
Aos 90+7 minutos, quando ninguém esperava, Al Rashdan teve espaço à entrada da área, na meia-lua, e disparou um remate colocado, sem qualquer hipótese. Delirava a Jordânia que abatia o campeão de 2007 e vai agora para os quartos de final, tentar derrubar o estreante Tajiquistão.