Taça Asiática: Irão derrota Palestina (4-1), Paulo Bento vence (3-1), Japão dá a volta (4-2)
Irão 4-1 Palestina
Os golos de Karim Ansarifard, Shoja Khalilzadeh, Mehdi Ghayedi e Sardar Azmoun deram os três pontos ao Irão, enquanto Tamer Seyam marcou um golo de consolação para a Palestina, que ainda procura a sua primeira vitória na Taça Asiática. Taremi (FC Porto) jogou os 90 minutos.
Os adeptos iranianos mostraram-se solidários com os seus homólogos do Médio Oriente, com alguns a segurarem a bandeira do Irão lado a lado com as cores da Palestina.
Antes do início do jogo, foi também guardado um minuto de silêncio pela perda de vidas no conflito israelo-palestiniano, que dura há 100 dias e matou cerca de 24.000 palestinianos, segundo as autoridades sanitárias da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.
Mas assim que o árbitro apitou para o pontapé de saída, o Irão começou logo a trabalhar e abriu o marcador logo aos dois minutos, quando Saman Ghoddos tocou a bola para Ansarifard, que rematou em arco para o canto oposto do guarda-redes.
O Irão voltou a aumentar a vantagem na sequência de um lance de bola parada, em que Ghoddos foi o autor do cruzamento para Khalilzadeh, que rematou de forma inteligente para o fundo das redes.
O Irão era técnica e taticamente superior aos palestinianos, que por vezes mal conseguiam sair do seu próprio meio-campo, e ainda sofreram o terceiro golo antes do intervalo, quando Ghayedi acertou no canto inferior de uma jogada fluída.
A Palestina não tinha conseguido testar o guarda-redes iraniano Alireza Beiranvand até ao último minuto dos descontos da primeira parte, quando finalmente chegou ao golo num lance de bola parada em que Seyam marcou de cabeça à queima-roupa.
Mas o Irão acabou com qualquer esperança de recuperação na segunda parte, quando Azmoun, que entrou ao intervalo, fez o 4-1, enquanto o VAR interveio no final do jogo para anular um cartão vermelho direto para o defesa palestiniano Mohammed Saleh, que fez uma placagem no último homem.
Apesar de os palestinianos terem conseguido montar um par de ataques promissores, o Irão manteve-se firme.
Emirados Árabes Unidos 3-1 Hong Kong
No grupo C, onde o Irão é fortíssimo candidato ao primeiro lugar, os Emirados Árabes Unidos, treinados por Paulo Bento, aproveitaram o arranque para começar a Taça Asiática da melhor forma na luta pelo apuramento.
Com uma exibição dominante, muita posse de bola e mais de 20 remates, um golo de Adil, de grande penalidade, colocou a equipa de Paulo Bento na frente do marcador.
No início da segunda parte, Kwan Chan igualou a partida, mas os Emirados reagiram rapidamente, por intermédio de Al Zaabi. Nos descontos, Al Ghassani fez o 3-1, novamente na sequência de uma grande penalidade.
Japão 4-2 Vietname
Com 10 vitórias consecutivas, algumas delas bem convincentes, como o 1-4 frente à Alemanha e o 4-2 com a Turquia, e talentos como Minamino e Kubo, que o selecionador nipónico até deixou no banco, não há dúvidas de que o Japão é o principal candidato a conquistar a Taça Asiática.
O golo de Minamino, logo aos 11 minutos, parecia encaminhar a seleção japonesa para uma estreia tranquila, mas a equipa do Vietname conseguiu surpreender.
Dinh Bac Nguyen, médio de apenas 19 anos que joga no campeonato vietnamita, fez o empate aos 16 minutos e Phan Tuan Hai chegou mesmo ao 1-2 aos 33 minutos, aproveitando uma falha incrível de Suzuki, guarda-redes do Japão.
Os dois golos acordaram a equipa nipónica, que contou com um inspirado Minamino para reagir às inesperadas adversidades. O médio do Monaco, que já tinha marcado o primeiro, fez o empate a passe de Endo, com uma finalização simples no interior da área vietnamita e entregou a bola a Nakamura para o melhor golo da prova até ao momento. O extremo do Reims já leva sete golos em sete internacionalizações pelo Japão.
Na segunda parte, como já é hábito, o selecionador japonês aproveitou para fazer alguma rotação e testar novas soluções para os jogos mais exigentes da competição. Morita, médio do Sporting, foi titular e saiu aos 77, a tempo de ver, desde o banco de suplentes, o 4-2, da autoria de Ueda. Kubo assistiu apenas um minuto depois de entrar em campo.