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Taça Asiática: Selecionador do Irão considera que devia defrontar o Japão na final

Reuters
Amir Ghalenoei, selecionador do Irão
Amir Ghalenoei, selecionador do IrãoReuters
O Japão e o Irão deviam ter-se defrontado na final da Taça Asiática e não nos quartos de final, defendeu o treinador iraniano, Amir Ghalenoei, esta sexta-feira, acrescentando que a equipa do leste asiático está a atingir o pico de forma na altura certa, depois de uma derrota surpreendente na fase de grupos.

Enquanto o Irão liderou o grupo com o máximo de pontos, o Japão terminou em segundo lugar, depois de uma surpreendente derrota com o Iraque. Mas a equipa de Hajime Moriyasu foi certeira na vitória sobre o Bahrein, nos oitavos de final, enquanto o Irão precisou de uma decisão por penáltis para eliminar a Síria.

O Japão e o Irão são os dois primeiros países asiáticos no ranking mundial da FIFA.

"Acho que o Japão e o Irão deviam ter-se defrontado na final, mas agora vamos defrontá-los nos quartos de final", disse Ghalenoei aos jornalistas, antes do jogo de sábado.

"A qualidade que o Japão está a mostrar na fase a eliminar é muito melhor do que na fase de grupos", acrescentou.

Ghalenoei também se queixou do calendário da competição da AFC, dizendo que tiveram muito pouco tempo para se recuperar para o jogo, depois de terem sido levados para o prolongamento contra a Síria. Tanto o Japão como o Irão jogaram os seus jogos dos oitavos de final na quarta-feira.

"Tivemos menos tempo de recuperação do que o Japão. Devíamos ter terminado o jogo contra a Síria aos 70 minutos, mas não aproveitámos as nossas oportunidades e tivemos algum azar", disse Ghalenoei.

"Acho que a regra da FIFA é de no mínimo 72 horas (entre os jogos), mas não tivemos tempo suficiente para nos recuperarmos. A primeira coisa é o aspeto físico e a segunda é a recuperação do aspeto mental também", acrescentou.

O guarda-redes iraniano Alireza Beiranvand também se queixou da falta de tempo de recuperação, mas elogiou a equipa médica pela preparação para o jogo.

"Não é fácil jogar contra o Japão depois de 139 minutos contra a Síria, alguns dos nossos jogadores tiveram espasmos. Mas o que é importante é a forma como recuperamos mentalmente e vi os jogadores hoje, estão muito felizes", disse.

O treinador do Japão, Hajime Moriyasu, disse que os quartos de final seriam um "grande espetáculo" entre duas das melhores equipas da Ásia.

"Vai ser um jogo difícil, é um calendário difícil. Mas temos de atuar nas circunstâncias que se apresentam. Acho que somos profissionais o suficiente para fazer isso", disse Moriyasu.

"O Irão tem o mesmo número de dias de descanso, por isso é igual. O Japão pode ter tido um pouco mais de tempo em termos de minutos. Toda a gente vai escolher o Irão ou o Japão para ganhar o torneio, mas nós ainda temos de lutar para ganhar esta competição", defendeu o selecionador japonês.

O Irão não contará com o seu melhor marcador do torneio, o portista Mehdi Taremi (três golos), que cumpre uma suspensão por ter recebido um cartão vermelho na vitória sobre a Síria, nos oitavos de final.

"Sabemos que ele está suspenso, mas o Irão tem Sardar Azmoun e outras grandes opções de ataque. Eles podem causar problemas a qualquer equipa", disse Moriyasu, numa altura em que o Japão procura manter a sua primeira baliza a zeros no torneio.

"A nossa linha defensiva tem de estar concentrada a 100%, mas não vou utilizar tácticas diferentes porque Taremi não está a jogar", explicou o selecionador do Japão.

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