Recorde as incidências da partida
Ainda antes dos últimos preparativos para a ceia de Natal, Tondela e Sporting tinham uma vaga para a final four da Taça da Liga para discutir na última jornada da fase de grupos da competição. A missão era muito mais fácil para os leões, uma vez que os beirões tinham de vencer por dois ou mais golos, e cedo se percebeu que o improvável era muito mais... impossível.
Em modo cumprir calendário, Rúben Amorim mudou sete peças em relação ao último onze, mantendo apenas Gonçalo Inácio, Hjulmand, Matheus Reis e Pedro Gonçalves, e o conjunto leonino deu-se muito bem no meio da revolução, perante um adversário de escalão inferior que alterou quatro unidades face à última partida.
Pressão alta e futebol espetáculo
Nem sempre o favoritismo no papel corresponde à realidade dentro das quatro linhas. Não foi, de todo, o caso. O favorito Sporting, mesmo de roupa diferente, fez questão de deixar bem clara toda a sua superioridade desde os primeiros minutos. A equipa de Amorim subiu linhas e fez pressão alta sobre um adversário que teve sérias dificuldades para ultrapassar a linha de meio campo. Além disso, os leões conseguiram juntar a qualidade técnica. Mistura perfeita.
O primeiro lance de perigo junto à baliza tondelense surgiu logo aos cinco minutos, quando Paulinho aproveitou um canto batido por Pedro Gonçalves para desviar a bola de cabeça para o... poste. Respiravam de alívio os adeptos do Tondela, mas não por muito tempo. O Sporting continuou a empurrar os beirões para o seu reduto defensivo e o golo apareceu com relativa naturalidade. E um brinde ao futebol espetáculo!
Os leões iniciaram uma bela troca de passes pelo lado direito, a bola sobrou para Nuno Santos picar sobre a linha defensiva auriverde, com Daniel Bragança a matar de peito e a rematar em vólei para o 0-1. Daqueles para ver e rever, vezes sem conta.
O golo do jovem médio confirmava apenas o claro ascendente ofensivo do atual líder da Liga, que viria a ser mais evidente pouco depois da meia hora de jogo, com mais um remate certeiro dos leões.
Paulinho recebeu de Pedro Gonçalves e combinou com Daniel Bragança, que devolveu a bola de calcanhar ao avançado, e desferiu um remate fortíssimo que só parou no fundo das redes da baliza à guarda de Ricardo Silva, em mais um belo momento de futebol ofensivo dos homens de Rúben Amorim.
Desperdício e um mal menor
Pouco depois de Paulinho ver Ricardo Silva impedir o 0-3, o Tondela esboçou a primeira reação no jogo, aos 39 minutos, num remate de Daniel dos Anjos para fora. Ou seja, Franco Israel nem precisou de intervir, sendo um mero espectador durante a primeira parte.
Na etapa complementar, já sem Pedro Gonçalves, mas com Edwards, o desperdício leonino foi a nota dominante, embora louvor seja dado a Ricardo Silva, por duas belas intervenções a remates de Trincão (65) e Paulinho (66).
Sem conseguir matar o jogo, embora nem fosse preciso, porque o Tondela teria de marcar quatro golos para reentrar na discussão da final four, o Sporting viu o Tondela reduzir a desvantagem, aos 76 minutos, quando Hélder Tavares aproveitou a falta de concentração de Matheus Reis para rematar de forma acrobática para o 1-2.
Nuno Santos ainda dispôs de uma oportunidade clamorosa para inscrever o seu nome na lista de marcadores, aos 82, só que não acertou no alvo de baliza aberta, e o Tondela mostrou-se muito mais audaz nos últimos 10 minutos, mas o resultado estava feito e com isso o Sporting está na final-four da Taça da Liga.
Melhor em campo Flashscore: Daniel Bragança (Sporting)