Final no ombro de Abel Ruiz: SC Braga bate Sporting em Leiria (1-0)
Recorde as principais incidências da partida
SC Braga e Sporting foram os primeiros a subir ao grande palco da final-four da Taça da Liga, em Leiria, na tentativa de agarrar o primeiro passaporte para a grande final da competição, marcada para o próximo sábado, dia 27.
Para este duelo, Artur Jorge não pôde contar com a contribuição de Bruma, uma vez que o internacional português não superou o último teste físico para o duelo. Já numa decisão técnica, o treinador dos minhotos optou por deixar Abel Ruiz, a sua principal referência ofensiva nesta fase da época, no banco de suplentes, lançando Rodrigo Zalazar no onze, tornando o seu ataque bastante móvel, ora com Ricardo Horta ou Alvaro Djaló no papel de falso 9.
No lado contrário, Rúben Amorim cumpriu a promessa de manter Franco Israel como titular na baliza em jogos da Taça da Liga e promoveu mais uma alteração em relação ao último onze, com Edwards no lugar de Paulinho, ao lado de Trincão e Gyökeres.
Pontaria aos ferros
Em jeito de resumo, a primeira parte não teve golos, mas contou com muitas e boas oportunidades, sobretudo para os lisboetas, que mostraram uma incrível pontaria para os... ferros. Mas já lá iremos. Até porque a primeira oportunidade pertenceu aos bracarenses.
Logo aos dois minutos, o uruguaio Rodrigo Zalazar trabalhou muito bem pelo corredor direito e cruzou para o calcanhar de Ricardo Horta desviar a bola para defesa de Franco Israel, sem grande perigo para o guarda-redes leonino, naquela que seria uma rara oportunidade da equipa de Artur Jorge nos primeiros 45 minutos.
Após o momento de Horta, o Sporting puxou para si o domínio do jogo e teve de lidar com um bloco defensivo minhoto muito compacto, muitas vezes com o médio Vítor Carvalho a descer para fazer companhia ao eixo defensivo composto por Fonte e Paulo Oliveira, e formar uma linha de seis atrás. Ainda assim, os leões tanto forçaram que conseguiram vislumbrar o caminho para a baliza minhota.
A meia distância foi uma das principais armas para (tentar) derrubar a muralha do SC Braga e foi através dela que Pedro Gonçalves viu o seu míssil bater com estrondo na barra, aos 13 minutos. Mas não foi a única. Pelo meio, Trincão, Pedro Gonçalves e Nuno Santos protagonizaram momentos de frisson junto à baliza de Matheus, antes de mais duas bolas aos postes.
Aos 38 minutos, Nuno Santos aproveitou a meia distância para enviar um novo míssil à baliza contrária, desta feita para defesa do guarda-redes brasileiro do SC Braga, que contou ainda com a ajuda do travessão, pouco antes de rematar de trivela para o... poste. O camisola 11 nem queria acreditar. Nem ele, nem os milhares de adeptos sportinguistas presentes na cidade do Lis.
Quem não marca...
... sofre. Esta é uma velha máxima do futebol português e mundial. São vários os exemplos em que uma equipa sofre depois de criar inúmeras oportunidades de golo. De forma sucinta, esta foi a história do Sporting em Leiria.
Os leões até entraram com a mesma energia do primeiro tempo e tiveram tambéma as suas oportunidades, só que desta vez houve uma pequena alteração que fez toda a diferença: Abel Ruiz. O avançado espanhol entrou com a missão de dar a melhor definição às (poucas) oportunidades de golo do SC Braga e foi isso mesmo que fez ao minuto 65, quando deu a melhor sequência a um cruzamento de Zalazar, com o ombro.
Um balde de água gelada para os homens de Rúben Amorim, que passaram, a partir desse momento, a jogar muito mais com o coração e muito menos com a razão, perante um adversário que, em vantagem, agrupou-se ainda mais e fechou a sete chaves o caminho para a baliza de Matheus Magalhães, um dos destaques da equipa de Artur Jorge. E o SC Braga até teve uma clara oportunidade para o segundo.
O relógio não parou e a cortina fechou-se com o SC Braga a celebrar a passagem à final da competição, esfumando-se a possibilidade do treinador do Sporting ir em busca da sua 10.ª (!) Taça da Liga.
Melhor em campo Flashscore: João Moutinho (SC Braga)