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Lage afasta pressão sobre Pavlidis, comenta Renato e possível rotação: "Não há titulares"

André Guerra
Bruno Lage, treinador do Benfica
Bruno Lage, treinador do BenficaLUSA
Leia abaixo as declarações do treinador do Benfica, Bruno Lage, na conferência de imprensa de antevisão à receção ao Santa Clara, a contar para os quartos de final da Taça da Liga, duelo agendado para quarta-feira, às 20:15.

Acompanhe aqui as incidências do encontro

Antevisão ao Santa Clara"Não prevejo uma equipa diferente da que jogou há cerca de um mês e meio contra nós. Assim como para nós, nada muda porque desde o momento em que cheguei, todos os jogos são encarados como finais, amanhã é mais uma. Temos uma ambição enorme de estar na final four e de fazer um grande jogo, porque é um adversário muito competente, quer pelo jogo que fizeram aqui, como pela excelente campanha que estão a fazer no campeonato".

Taça da Liga num patamar secundário: "A prioridade neste momento é sempre o próximo jogo, o que vemos para o jogo de amanhã é procurar a consistência que queremos ter. Para isso, há duas coisas que estão contra: uma é o espaço temporal que estamos sem competir, outra são as muitas alterações sem ter uma base sólida. Vou olhar para o jogo como olhei para o último, se vir que tenho de fazer alterações para equipa continuar a render, assim o farei. Trata-se de uma final para nós e temos ambição de seguir em frente".

Possível saída de Rúben Amorim: "Entendo que é o assunto do momento, mas para nós o assunto do momento é o Santa Clara. O Rúben é treinador do Sporting, nós vamos jogar com o Santa Clara e é nisso que estamos focados".

Titularidade de Renato Sanches: "Neste momento, vejo o Renato à semelhança dos outros jogadores, todos podem ser titulares a qualquer momento. Tem dado boas respostas nos dois jogos que entrou e os treinos que tem vindo a realizar e, claro, o impacto que possa ter, toda a gente acredita nele e o conhece. Treinei-o no Swansea, quando era adjunto do Carlos Carvalhal, e teve um grande impacto quando chegou, lamentamos quando ele se lesionou porque teve um alto rendimento. É um jogador importante, mas coloco-o à semelhança dos outros jogadores. Os dados e boas exibições de atletas que têm saído do banco dá-nos convicção que alguns deles estão prontos para jogar. A jogar de três em três dias não há titulares, há sim consistência de rendimento que eu quero que esta equipa atinja". 

Os números de Renato Sanches
Os números de Renato SanchesFlashscore

Pavlidis atrasado em relação a Gyokeres e Samu: "A sua questão é interessante, de olhar para as individualidades e comparar avançados do Benfica, Sporting e FC Porto. Aqui temos de ver a questão em termos competitivos, quando olho para os dados objetivos, nos jogos que eu realizei, temos 26 golos marcados e 6 sofridos. Tenho de olhar para o rendimento da equipa e para o que produz em termos ofensivos, neste momento estou satisfeito. Para os golos surgirem é preciso haver trabalho de toda a gente, todos atacam e defendem, as movimentações do Pavlidis foram muito importantes para o Akturkoglu poder fazer os golos, a entrada do Arthur Cabral no golo do Schjelderup poder fazer o golo. Por isso, tenho de olhar para o coletivo, apesar de haver coisas em que todos podem melhorar e isso é com tempo e trabalho. Há poucas semanas, jogou em Wembley pela seleção e marcou dois golos. O mais importante é estarmos convictos do que estamos a fazer para eles contribuirem com rendimento para a equipa".

Titularidade de Schjelderup e Amdouni, regresso de Florentino e António Silva: "Vocês estão a tocar nos jogadores que têm saltado do banco e contribuído e isso deixa-me muito satisfeito. Até vou dizer um nome, o Beste fez um jogo muito bom na Taça de Portugal e voltou a fazer uma grande exibição. Independentemente dos nomes, quando forem chamados é para dar contributo à equipa e o que eu quero é ver o rendimento que podemos dar e a consistência no nosso jogo. No último, senti que para aquele momento precisava de fazer uma alteração estratégica e disposição da equipa, coloquei o Beste em campo. Estamos satisfeitos com o rendimento da equipa a nível global e perspetivar o onze da melhor maneira para vencer o jogo de amanhã".

Ouça o relato no site ou na app
Ouça o relato no site ou na appFlashscore

Pressão sobre Pavlidis: "A pressão que tem de fazer é quando temos de defender e todos eles têm feito um trabalho fantástico nesse sentido. Reforço a visão, da nossa parte, quanto aos objetivos em análise coletiva. É um facto que o ponta de lança vive de golos, os adeptos avaliam em função disso, que é o contributo mais visto, mas nós temos de ver de outra maneira. Tenho falado com toda a gente porque quando não temos muito tempo para trabalhar, temos de fazer dessa forma, analisar e perceber, explicar aos jogadores as movimentações. Eu entendo a pergunta, mas a nossa visão é mais global".

Leandro Barreiro, Prestiani e Tiago Gouveia: "Estão os três a evoluir muito bem, treinaram à parte e ainda não com a equipa".

Os números de Pavlidis
Os números de PavlidisFlashscore

Formato da Taça da Liga: "Essa é a pergunta mais difícil. A competição faz sentido, preferia fazer uma fase de grupos, mas aquilo que eu gostava de ter era de tempo para treinar. Independentemente de ter ou não feito a pré-época, temos de pensar muito bem o tempo que temos para treinar. Os jogadores precisam disso, de tempo para recuperar, e para poder voltar à competição. Há cinco ou seis anos, tinhamos mais tempo para treinar entre os jogos, mesmo em período de seleções. Temos de arranjar uma maneira de ter um espaço temporal entre os jogos e enquadrar as competições para poder jogar para os campeonatos e Liga dos Campeões a meio da semana, mas tem de haver mais tempo e espaço entre jogos. É a minha opinião, qualquer dia só temos a pré-época para fazer e, na próxima, se houver nova competição (Mundial de Clubes), nem isso vamos ter. Para o futebol, para a competitividade e menos de lesões, os espaços entre jogos deviam ser maiores e para a equipa ganhar automatismos tem de haver esse tempo para treinar".