Rúben Amorim e o jogo com o Tondela: “Queremos ganhar o jogo e o futuro”
Após a vitória diante do Farense, o Sporting sabe que até uma derrota pela margem mínima frente ao Tondela é o suficiente para alcançar a final four da Taça da Liga. Ainda assim, Rúben Amorim quer a equipa com ambição.
“É um objetivo, queremos ir ao final four, temos a obrigação, temos a vantagem de vários resultados possíveis, mas so pensamos na vitória. Não podemos relaxar. O objetivo principal é vencer, mas há muita coisa que temos de melhorar. Vamos ter um mês de janeiro difícil e todos os jogadores tem de estar preparados, aproveitar cada minuto para fazer crescer a equipa, preparar o futuro e garantir a presença e chegar à final four”, atirou, não querendo falar em rotação de jogadores: “O principal não é o desgaste. A grade preocupação é vencer o jogo e meter todos os jogadores ao mesmo nível. Temos a paragem, damos um dia extra no Natal, e a grande preocupação é meter uma equipa competitiva, testar coisas novas e preparar para o que vem aí. Não vamos pensar em poupar jogadores, queremos aproveitar cada minuto. Queremos ganhar este jogo e ganhar o futuro”.
Após o triunfo com o FC Porto, o treinador leonino não teme uma quebra de intensidade.
“Não haverá novidade. Depois é uma marca das equipas grandes. Acontece muitas vezes equipa de escalões inferiores que ganham e são tomba-gigantes nas Taças e depois vão para o campeonato e não conseguem vencer. Não pode ser a nossa marca. Temos de ganhar sempre o jogo a seguir, porque as equipas grandes têm de ganhar praticamente todos os jogos para vencer os títulos. E eles sabem que não jogando bem podem colocar em risco a utilização no jogo seguinte”, frisou.
Primeiro troféu que ganhou, Rúben Amorim assumiu algum carinho especial pela Taça da Liga.
“Valorizo todos os troféus. É uma marca dos clubes grandes ter de ganhar troféus. Esta é uma oportunidade. Como é óbvio nós valorizamos muito, enquanto equipa técnica temos carinho porque foi a primeira que ganhamos. Temos jogados com grandes rivais na final e na meia-final, o que torna especial. É um objetivo”, asseverou.
O fantasma de janeiro
Janeiro será um mês complicado para o Sporting. O Campeonato Africano das Nações vai roubar Geny Catamo (Moçambique) e Ousmane Diomande (Costa do Marfim), enquanto Morita (Japão) irá para a Taça da Ásia. Ausências importantes na equipa leonina e que podem resultar numa ida ao mercado.
“O mais difícil é substituir os jogadores que vão para as competições das seleções. Por acaso jogaram os três o último jogo, é a a grande preocupação. Depois o Coates está lesionado, o St Juste também. É uma grande preocupação, temos jogado a grande parte dos jogos com três centrais. Isso poderá ser um problema, o Geny tem feito a posição do Esgaio, o Morita também. Consoante as lesões que possam haver com a sobrecarga de jogos pode ser um problema. O Marcus não é tanto um problema, temos o Trincão que tem o talento que tem e não deu o rendimento que deu o ano passado, podemos juntar o Viktor Gyökeres com o Paulinho, o Pote, temos miúdos na equipa B. É mais pelos jogadores que vamos perder para as competições, sabendo que não podemos ir comprar jogadores para substituir quem vai voltar a estar aqui daqui a um mês e meio. Quando eles voltarem fica tudo mais resolvido”, desabafou, revelando que deixará de contar com os atletas após o jogo com o Portimonense: “O que me foi dito é que até Portimão estão e depois vão para as seleções. Ou seja, a partir do Estoril. Se não acontecer nenhuma lesão vão estar aptos para Portimonense”.
“Sou humano”
Após o final do jogo com o FC Porto, Rúben Amorim deixou algumas palavras a Sérgio Conceição. Questionado sobre essa picardia, o treinador do Sporting deixou um desabafo.
“O que prova é que sou humano e nem sempre consigo manter a calma. Mas quando as vezes não me consigo segurar, há dias que não consigo, porque apanho as coisas a quente. Tenho muitos defeitos, faz parte do jogo, mas acho que não faltei respeito a ninguém. Tomará que todos os problemas em Portugal fosse uma troca de palavras entre os treinadores. E quando tenho de dizer digo, normalmente em calmo”, explicou.
Ídolo Gyökeres e Geny Catamo
Viktor Gyökeres rapidamente ganhou os louvores das bancadas de Alvalade. E Rúben Amorim deixou um desabafo quando questionado se estava a ser substituído pelo avançado sueco como o ídolo dos adeptos.
“É um grande alívio, porque muitas vezes durante estes anos o treinador quando ganhava era o arquiteto e quando se perdia eram os jogadores que não eram bons. É injusto e disse várias vezes no balneário. Eu tenho tido muita sorte nesse aspeto. Eu gosto agora disto e espero que continue assim”, explicou, recusando colocar o avançado num ranking: “Gyokeres entre os cinco melhores? Teríamos de meter todos os avançados nesta liga, nesta equipa, ter as ocasiões que tem. É um jogador que chama à atenção. Para mim está em primeiro lugar, como o Paulinho, como todos os avançados que tem. É um grande avançado”.
E quanto a uma eventual saída no mercado, mostrou-se traqnuilo.
“Mexe com os jogadores. É normal. Mexe em todos os clubes, temos de estar habituados a isso. Toda agente quer os jogadores em Portugal porque têm um grande rendimento. O que me preocupa mais são aqueles jogadores que vão sair durante um mês me meio. São três jogadores importantes e pode decidir-se tudo, perdendo pontos vai ser um mês complicado. Arranjaremos soluções. Em relação ao Vitkor Gyökeres e Inácio será pela cláusula”, frisou.
Por último, palavras sobre Geny Catamo que renovou recentemente.
“Faz parte do nosso projeto segurar os jovens jogadores. Queremos ter esses jogadores o máximo tempo possível connosco. Havia a situação do passe e agora a equipa técnica fica salvaguardada nesse aspeto. Tem muti para crescer, vai ser melhor jogador do que é”, concluiu.