SC Braga é o campeão de Inverno: minhotos vencem Estoril na final da Taça da Liga (1-1, 5-4)
Recorde as principais incidências da partida
Dia de festa em Leiria. O título de campeão de inverno era a meta para SC Braga e Estoril, as duas equipas apuradas com todo o mérito para a grande final na cidade do Lis, e a oportunidade de ser escrita mais uma página de história com a letra de arsenalistas ou de canarinhos.
Com mais 24 horas de descanso, o SC Braga apresentou-se no jogo com apenas uma alteração ao onze relativamente ao encontro com o Sporting - o herói do apuramento arsenalista Abel Ruiz entrou para a saída de Pizzi, permitindo a Ricardo Horta e Álvaro Djaló terem outro tipo de liberdade pelos corredores. Já o Estoril mudou três peças - Pedro Álvaro, Tiago Araújo e João Marques foram promovidos ao onze.
Mudanças à parte, a motivação estava bem doseada nos dois lados. Sem grandes deslumbramentos, é certo, mas não faltou ambição de parte a parte, pelo menos atendendo à forma como as duas equipas se apresentaram em campo, a fazerem jus a todo um grande espetáculo que invadiu Leiria na última semana.
(Mais um) golo madrugador
Os homens de Vasco Seabra replicaram a receita do encontro das meias-finais e entraram muito bem no jogo, capitalizando um erro do adversário para se colocarem em vantagem novamente numa fase madrugadora do jogo. O passe de João Marques foi delicioso, a interpretação do lance por parte de Cassiano não deixou nada a desejar, com Paulo Oliveira a ser o único a ficar mal na fotografia.
O central dos minhotos atingiu o avançado brasileiro nas pernas e o vídeo-árbitro (VAR) deu a ajuda que o árbitro Fábio Veríssimo precisou: vistas e revistas as imagens, o árbitro apontou para a marca dos onze metros, onde o próprio Cassiano enganou Matheus Magalhães para o 0-1.
Tal como no duelo com o Benfica, após o golo, o Estoril permitiu que o adversário tomasse conta do jogo e socorreu-se da sua boa organização defensiva, com destaque para o papel de Bernardo Vital na torre de comando do eixo defensivo, para aguentar a pressão minhota. E ainda houve um inspirado Dani Figueira, novamente a mostrar serviço entre os postes - destaque para a defesa a remate de Abel Ruiz, aos 12 minutos, após passe magistral de Moutinho.
Na Horta de Ricardo
A dificuldade para ferir o Estoril em jogo corrido levou a formação de Artur Jorge a procurar novas soluções e encontrou esse mesmo espaço num lance de bola parada, aos 20 minutos, quando Rodrigo Zalazar bateu um canto atrasado para um remate fortíssimo de Ricardo Horta a cinco metros da linha da grande área. Daqueles golos para ver e rever, de fazer levantar um estádio.
Depois do golo do empate, os 70 minutos seguintes resumem-se de forma simples: mais posse para o SC Braga, que chegou a ter mais de 80% de posse de bola no encontro, mas pouca clarividência no último terço, muito por culpa da excelente organização defensiva do conjunto da Linha.
A única oportunidade de real perigo junto a uma das balizas no segundo tempo surgiu apenas ao minuto 84, altura em que Pizzi deu seguimento a um passe de João Moutinho, forçando Dani Figueira a uma defesa atenta. Foi isto e pouco mais. Apenas nota para um remate de Ricardo Horta ao lado, aos 90+6.
Sem ninguém capaz de desatar o nó da igualdade, o jogo prosseguiu, então, para o desempate através das grandes penalidades, onde o SC Braga foi mais feliz. Tiago Araújo (Estoril) foi o único a desperdiçar da marca dos onze metros e abriu caminho para o ouro minhoto. Vitória, gritam os Gverreiros do Minho.
Melhor em campo Flashscore: Bernardo Vital (Estoril)