CAN 2023: Cabo Verde quer passar a fase de grupos pela terceira vez
"Estamos num grupo extremamente complicado, com equipas muito experientes” como Egito, Gana ou Moçambique, formação lusófona “que tem crescido muito nos últimos anos”, afirmou Mário Semedo.
A seleção cabo-verdiana disputa a principal competição africana de seleções pela quarta vez, a segunda seguida, depois de ter chegado aos oitavos de final em 2021, aos quartos em 2013, na estreia, e ficado pela fase de grupos em 2015.
Os comandados do selecionador Bubista estreiam-se na competição no domingo, frente ao Gana, encerrando a disputa do Grupo B diante do vice-campeão africano Egito, orientado pelo português Rui Vitória, no dia 22, já depois de medirem forças frente às mambas.
“Moçambique é uma seleção lusófona, há sempre aquela rivalidade saudável entre os países que falam a mesma língua, mas nada de especial: vamos jogar para atingir os objetivos", acrescentou.
Mário Semedo admitiu "pressões e resistência" por parte dos clubes relativamente à cedência de jogadores para a seleção, sobretudo dos emblemas europeus.
"Este é um fenómeno que toda a África enfrenta, não só Cabo Verde, em relação aos jogadores que estão na Europa: há sempre muita pressão por parte dos clubes”, disse o dirigente, que apelou a mais diálogo entre a Confederação Africana de Futebol (CAF) e a FIFA para resolver essas "pressões".
Contar com os avançados Jovane Cabral, que alinha nos italianos da Salernitana, ou Bebé, dos espanhóis do Rayo Vallecano, alimenta a ambição por um melhor resultado que o conseguido em 2013, quando figurou nos oito primeiros lugares da competição disputada na África do Sul.
"São jogadores experientes, de alta competição e de duas ligas muito fortes, que com certeza darão mais-valias e podem acrescentar muito ao grupo", vincou o responsável.
A CAN 2023 vai ser disputada entre sábado e 11 de fevereiro, na Costa do Marfim.