CAN-2023: Kudus e Hakimi entre os melhores depois de uma fase de grupos caótica
Guarda-redes
Jesus Owono (Guiné Equatorial) - 7,4
Um dos contos de fadas da fase de grupos foi a Guiné Equatorial. O país ocupava a 88.ª posição no ranking mundial da FIFA e tinha uma tarefa difícil para passar o grupo, que contava com a anfitriã Costa do Marfim e a Nigéria. No entanto, os sete pontos conquistados em nove possíveis levaram a seleção à liderança do Grupo A e o guarda-redes Jesus Owono foi o grande responsável por isso. Um dos protagonistas da vitória por 4-0 sobre a Costa do Marfim, tem uma percentagem de defesas de 76,9%, o que mostra como tem sido um elemento importante da seleção até agora.
Será que ele conseguirá manter o bom momento na próxima fase do torneio?
Defesa
Achraf Hakimi (Marrocos) - 8,2
Anunciado como uma das estrelas do Mundial, Achraf Hakimi fez jus à fama, com a melhor média da fase de grupos. O lateral do Paris SG marcou um golo, fez uma assistência e fez parte de uma equipa que não sofreu golos. A somar a isso, somou ainda seis desarmes.
Kialonda Gaspar (Angola) - 7,7
Angola, tal como Marrocos, liderou o grupo com sete pontos em nove, e o jogador com melhor avaliação no centro da defesa foi Kialonda Gaspar. O central angolano, que joga no Estrela da Amadora, não sofreu golos nos três primeiros jogos e é o segundo jogador com mais intercepções até agora no torneio, demonstrando presença de espírito e bom posicionamento.
A sua equipa vai precisar de mais grandes exibições do central na fase a eliminar se quiser melhorar o seu melhor desempenho na história do torneio, passando aos quartos de final.
William Troost-Ekong (Nigéria) - 7,7
De volta ao Grupo A, onde a Nigéria ficou atrás da Guiné Equatorial, o capitão William Troost-Ekong destacou-se com as suas atuações na defesa.
Apesar de ter falhado o último jogo e de ter passado despercebido na sua estreia com a África do Sul, brilhou contra a anfitriã Costa do Marfim, tendo sido o homem do jogo e tendo mesmo marcado o golo da vitória de penálti na segunda parte.
Evidentemente um jogador de grande importância para o seu país, espera-se que volte a apresentar o mesmo nível durante a fase a eliminar.
Ali Abdi é o nosso primeiro jogador que, apesar de ter sido eliminado do torneio logo na fase de grupos, teve um desempenho de alto nível na competição.
Depois de ficar de fora da chocante derrota na estreia contra a Namíbia, Ali foi uma lufada de ar fresco no empate com o Mali, fazendo a assistência para o único golo da Tunísia no torneio, marcado por Hamza Rafia. Também esteve a bom nível no jogo decisivo contra a África do Sul, mas a seleção acabou por ser eliminada.
Meio-campo
Azzedine Ounahi (Marrocos) - 7,6
De volta a Marrocos, a seleção contou com muitos jogadores ofensivos que representaram uma ameaça durante a fase de grupos, mas foi Azzedine Ounahi quem mais brilhou, de acordo com o nosso sistema de classificação.
O seu melhor desempenho foi na vitória por 3-0 sobre a Tanzânia, quando marcou o segundo golo da seleção marroquina. Depois do Mundial de excelência, espera-se ver mais do jogador do Marselha na reta final do torneio.
Mohammed Kudus (Gana) - 7,8
A segunda história de grandes atuações sem resultado final é a de Mohammed Kudus. Ele e os seus companheiros de Gana foram talvez a maior supresa pela negativa na fase de grupos, sendo eliminados às custas de Cabo Verde.
O jogador do West Ham perdeu a partida de abertura contra o país vizinho, onde a sua seleção perdeu por 2-0, e mostrou exatamente o que estava a faltar no jogo seguinte, marcando dois golos de forma dramática ao tentar salvar o torneio sozinho.
A sua tristeza quando não conseguiu foi demonstrada após o último jogo da fase de grupos contra Moçambique, onde, apesar do resultado, foi o melhor em campo. Se Gana quiser começar a ter um desempenho melhor nas próximas competições, Kudus estará no centro do processo.
José Machin (Guiné Equatorial) - 7,4
Três assistências em três jogos é tudo o que precisa de saber sobre o impacto que José Machin teve na florescente seleção da Guiné Equatorial. O extremo é o jogador com mais assistências na fase final da prova. Se a sua equipa marcou o maior número de golos na CAN até ao momento, grande parte do mérito deve-se a Machin.
Avançados
Georges-Kevin N'Koudou (Camarões) - 7,7
Só há um homem que igualou Machin em criatividade na CAN: Georges-Kevin N'Koudou, de Camarões, que também fez três assistências no torneio até agora. A assistência para o golo de Christopher Wooh nos descontos fez com que o país vencesse a Gâmbia por 3-2 no jogo mais emocionante da fase de grupos. A cabeça fria do extremo num momento vital revelou-se fundamental para a seleção de Camarões, que vai precisar dessa frieza quando começarem os oitavos de final.
Emilio Nsue (Guiné Equatorial) - 7,7
O destaque do torneio até agora foi Emilio Nsue, da Guiné Equatorial. O avançado, que normalmente atua como lateral direito no Intercity, da terceira divisão espanhola, é o melhor marcador da competição, com cinco golos.
O elemento mais surpreendente da sua campanha tem sido a sua compostura em frente à baliza. O experiente jogador quer continuar a marcar para manter vivas as esperanças do seu país.
Mohamed Mostafa (Egito) - 7,6
O Egito e Rui Vitória precisavam de outro Mohamed para se impor quando o talismã Mo Salah se lesionou. Mohamed Mostafa assumiu o peso das responsabilidades.
O avançado balançou as redes em todos os jogos da fase de grupos e foi fundamental para o apuramento da seleção egípcia. Como é provável que Salah não esteja em forma até a final, se os faraós conseguirem chegar lá, Mostafa será vital para permitir que o seu ícone volte à equipa.