CAN: Angola brilha e faz história ao vencer Namíbia a caminho dos quartos de final (3-0)

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Às portas da história, a turma orientada pelo português Pedro Soares Gonçalves não começou o jogo da melhor forma: aos 17 minutos, Kialonda Gaspar errou na saída de bola e obrigou o guarda-redes Neblu a sair da área e a usar as mãos para evitar o golo inaugural da Namíbia. O cartão vermelho foi inevitável e, acabado de entrar, Antonio Dominique voou para defender o livre cobrado por Deon Hotto.

Depois de 10 minutos de algum sufoco, seguiram-se três boas notícias consecutivas. Os angolanos começaram a estabilizar no encontro e conseguiram mesmo chegar à vantagem contra todas as probabilidades, graças a um grande passe de Gilberto que descobriu Fredy na área e o capitão entregou o golo em bandeja de prata a Gelson Dala. 

Logo a seguir, Haukongo travou, de forma inadvertida, um ataque perigoso de Mabululu e viu o segundo cartão amarelo, deixando as equipas em igualdade numérica. Na cobrança do livre, Fredy tirou a régua e o esquadro do bolso, lançou um excelente cruzamento para a área correspondido de forma ainda melhor por Gelson Dala, que cabeceou com potência para o 2-0. 

Num espaço de quatro minutos, os Palancas viraram o jogo do avesso e ficaram com as portas dos quartos de final escancaradas.

A Namíbia tentou reagir no reatamento, aproveitando algum desconforto da linha defensiva angolana, mas Peter Shalulile desperdiçou a melhor oportunidade para reduzir distâncias com um remate por cima da trave. Comedidos, os angolanos foram espreitando a hipótese de dilatar o resultado, que ficou muito perto quando Mabululu recebeu bem dentro de área e rematou à meia volta perto do poste.

Avisou primeiro, concretizou depois. Numa rápida transição, Gelson Dala desta vez assumiu o papel de assistente e lançou o avançado que seguiu para a área e, com um belo remate em arco, colocou um ponto final na eliminatória e garantiu o primeiro triunfo de sempre na fase a eliminar. 

Até ao apito final, o recém-entrado Zini ficou perto de se juntar à lista de marcadores, enquanto o guardião Dominique voltou a voltar para travar Hanamub e, já nos descontos, Luvumbo viu aquele que seria o golo do torneio a embater com um estrondo na trave. 

Este 3-0 é também a maior vitória de sempre dos Palancas Negras na fase final do torneio.