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CAN: Cabo Verde ainda vibrou, mas derrota nos penáltis calou a euforia

LUSA
 Praça do Palmarejo foi o local eleito para a projeção do jogo de Cabo Verde
Praça do Palmarejo foi o local eleito para a projeção do jogo de Cabo VerdeLUSA
Mais de mil pessoas pularam e gritaram de alegria, até ficar sem fôlego, mas não foi suficiente, pois a derrota nos penáltis frente à África do Sul na Taça das Nações Africanas de futebol calou a euforia na Praça do Palmarejo.

Recorde as incidências da partida

A praça na capital cabo-verdiana foi escolhida para a projeção pública do jogo de futebol mais esperado dos últimos tempos no arquipélago, em que Cabo Verde podia alcançar um feito histórico, chegar às meias-finais da CAN, e isso notava-se nas reações à flor da pele, com a multidão entusiasmada de cada vez que os ‘tubarões azuis’ se lançavam num ataque.

Houve palmas em cada canto conquistado, fortes assobios em cada falta, alívio sonoro por cada ‘tiro’ falhado da África do Sul.

Por cada toque na bola havia exaltação na cidade da Praia, onde parecia haver mais tensão no ar do que no estádio, na Costa do Marfim.

Eram altos e baixos de delírio que se tornaram permanentes entre os 30 e 40 minutos da primeira parte, os dez minutos mais loucos de Cabo Verde, com a bola a ameaçar a baliza sul-africana por várias vezes consecutivas.

Crianças e adultos, de todas as idades, gritavam Cabo Verde a plenos pulmões como se tudo dependesse daquela partida.

Chegar ao intervalo sem marcar sabia a pouco e era difícil encontrar alguém entre a multidão que não acreditasse na vitória cabo-verdiana.

Cabo Verde viveu as emoções da CAN
Cabo Verde viveu as emoções da CANLUSA

Não marcámos, ainda, mas vamos conseguir”, diziam uns, “nem que seja por um golo, vamos ganhar”, diziam outros.

A meio da segunda parte a Praça do Palmarejo perdeu parte da eletricidade e ficou sem projeção do jogo.

Como à moda antiga, havia o som do relato e uma multidão mais silenciosa, de orelha espetada no ar – ou de olho nos telemóveis.

Muitos deslocaram-se para os cafés e bares das redondezas, onde houvesse uma televisão, mas os golos não surgiram, nem ao fim dos 90 minutos regulamentares, nem depois do prolongamento.

Vieram os penáltis, renovaram-se as esperanças e houve novas emoções fortes, não tanto pelos golos, mas pelos falhanços de parte a parte.

Dos cinco tiros a que cada equipa tinha direito, Cabo Verde converteu um, a África do Sul marcou dois, o suficiente para carimbar a passagem para as meias-finais.

Parece que não treinaram os penáltis”, referiu Américo, um dos adeptos que ainda assim garante que “valeu a pena” cada momento de nervosismo: a prestação da seleção foi um orgulho.

Ao lado, Ivan Correia já pensa nas próximas competições: “Perder nas grandes penalidades é normal no mundo do futebol. Temos é de estar no próximo CAN e evoluir mais”.

Euforia cabo-verdiana terminou na lotaria dos penáltis
Euforia cabo-verdiana terminou na lotaria dos penáltisLUSA