CAN: Costa do Marfim reduzida a dez deu a volta ao Mali (2-1) no prolongamento
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Os penáltis foram cruciais para a passagem da Costa do Marfim aos oitavos de final contra o Senegal, mas na fase inicial o mesmo drama ameaçou a sua eliminação do torneio em casa. A primeira decisão importante caiu aos pés do árbitro Mohamed Adel aos oito minutos, quando o braço estendido de Odilon Kossounou bloqueou um remate de Amadou Haidara à queima-roupa. A sua reação imediata foi de não marcação de penálti, pelo que se iniciou uma revisão de quatro minutos pelo VAR, que terminou com a decisão original após uma ida ao monitor - Haidara estava inicialmente em fora de jogo.
Os malineses ficaram furiosos, mas o ânimo melhorou rapidamente quando foi assinalado um penálti, pela segunda vez, desta vez depois de Kossounou ter derrubado Lassine Sinayoko na área. Adama Traoré, por sua vez, chutou dos 11 metros, aos 16 minutos, mas o guarda-redes Yahia Fofana defendeu com a mão esquerda.
Kossounou recebeu cartão amarelo pelo seu papel no segundo incidente. O central teve de evitar qualquer atenção indesejada, mas foi mais fácil falar do que fazer, já que as Águias mantiveram uma pressão implacável sobre o adversário. Um erro de Jean Michaël Seri deixou o seu colega de equipa, já com cartão amarelo, a braços com Sinayoko, que se dirigia para a baliza, o que resultou numa falta de jeito à entrada da área e na expulsão de Kossounou, aos 43 minutos. O resultado deixou alguns minutos para o Mali abrir o marcador antes do intervalo, mas o jogo permaneceu 0-0 pela quarta vez em seis confrontos diretos.
Depois de um primeiro tempo de pesadelo, o técnico interino Emerse Faé só pôde reagir com mudanças no onze e uma abordagem pragmática. Éric Chelle, por sua vez, recorreu a Nenê Dorgeles, que tem raízes marfinenses, para se inspirar. A 19 minutos do fim do jogo, o jogador de 21 anos fez um belo remate em arco de fora da área para o canto superior direito, surpreendendo o Stade de la Paix, que festejou em silêncio.
Os marfinenses terminaram em terceiro lugar no grupo, precisaram dos penáltis na última jornada e, mais uma vez, diante da perspetiva de saírem da CAN em casa, precisavam de um último esforço desesperado para salvar a Costa do Marfim, que tinha 10 jogadores.
Quando duas oportunidades de cabeça foram desperdiçadas, parecia que a sorte tinha acabado, mas, aos 90 minutos, um golo do empate foi criado do nada para levar o jogo para o prolongamento. A primeira tentativa de Seko Fofana, de 18 metros, passou por dois defesas antes de cair no pé de Simon Adringa, que mandou a bola para o canto superior esquerdo, à queima-roupa, aos 90'.
Nos 30 minutos adicionais, as duas equipas mantiveram a mesma intensidade dos 90 minutos anteriores, mas o desenrolar da partida favoreceu a equipa da casa. Sébastien Haller esteve perto de marcar com um remate de cabeça à barra e, quando parecia que seriam precisos penáltis, surgiu o golo da vitória nos descontos.
De forma dramática, um novo remate de Fofana entrou na grande área e foi desviado por Oumar Diakité aos 120+2 minutos. Os adeptos da casa foi ao delírio, os ânimos malineses exaltaram-se e, em tom de crítica, será a Costa do Marfim que enfrentará a República Democrática do Congo por uma vaga na final.