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CAN: Depois da mudança de treinador, Costa do Marfim começa de novo

Finley Crebolder/Reuters
A festa da Costa do Marfim após a vitória com o Senegal
A festa da Costa do Marfim após a vitória com o SenegalReuters
A Costa do Marfim deixou para trás a humilhação da derrota contra a pequena Guiné Equatorial, na fase de grupos da Taça das Nações Africanas. Depois de os marfinenses terem eliminado o atual campeão Senegal, nos oitavos de final, na segunda-feira, o estado de espírito dos Elefantes mudou.

Depois de perderem por 0-4 com a Guiné Equatorial, no último jogo da fase de grupos, os anfitriões tiveram de esperar três dias até que ficasse claro que passariam para a fase a eliminar como o último dos quatro melhores terceiros classificados.

 Durante essa espera, a federação marfinense demitiu o técnico Jean-Louis Gasset, de 70 anos, e colocou o seu adjunto Emerse Fae no comando.

"Os últimos dias foram difíceis para nós", disse o avançado do Borussia Dortmund, Sebastian Haller, que não jogou até entrar na segundo parte, na segunda-feira, devido a uma lesão no tornozelo. Os marfinenses recuperaram de um golo sofrido aos quatro minutos para empatarem 1-1 e vencerem nos penáltis.

"Abrimos a porta e demos uma hipótese a nós mesmos ", disse o avançado do Borussia Dortmund.

"Agora podemos esquecer o que aconteceu na fase de grupos", acrescentou Haller.

Elogios de todos os lados para Fae

O médio Seko Fofana disse que foi difícil ver a reação após a derrota para a Guiné Equatorial.

"Foi difícil ver as pessoas a chorar depois da derrota, mas agora já compensámos e estamos todos muito felizes", disse.

"Tínhamos uma estratégia e as mudanças vieram na hora certa. O novo técnico fez um trabalho muito bom", acrescentou o médio, sobre Fae, que não tem experiência como treinador principal.

Inicialmente, Fae havia deixado o influente médio Franck Kessie no banco de suplentes, mas transformou-o no autor do golo da vitória, nos 20 minutos finais. Kessie entrou e marcou o golo do empate aos 86 minutos, e também converteu o remate decisivo na decisão por penáltis.

"Foi difícil para ele assumir o comando da equipa e não conseguiu mudar muita coisa em poucos dias", disse Fofana.

Recorde o Senegal-Costa do Marfim

Mas também houve elogios ao trabalho de Gasset.

"Foi uma pena o que aconteceu com ele e todos nós somos responsáveis por isso", acrescentou Haller.

"Agora temos de nos manter humildes. Não há adversários fáceis neste torneio e ainda estamos longe de conseguir alguma coisa", alertou o avançado.

Os marfinenses só ficarão a saber esta terça-feira se vão defrontar o Burkina Faso ou o Mali nos quartos de final, no fim de semana.