CAN: Familiares e amigos de Mabululu com fé em vitória frente à Nigéria
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O atacante angolano, melhor marcador da Liga egípcia na época passada, é um dos nomes que mais se fala na Nigéria, adversário de sexta-feira nos quartos de final da CAN, na imprensa e nas redes sociais, fazendo a felicidade do pai, João Paciência Tenente Vunge.
Com “fé” na vitória de Angola no próximo jogo, o pai de Cristóvão Paciência Mabululu sonha em ver Angola, seleção comandada pelo português Pedro Gonçalves, conquistar a CAN.
“Entre os jogadores de todas as seleções, o nome que eles mais temem é o do Mabululu, porque, quando ele está com a bola, o resultado é golo. Estamos felizes e estamos todos de parabéns”, disse à Lusa no Cazenga, um bairro popular de Luanda, no qual vive com a família e explora um negócio de hotelaria e restauração.
Cristóvão, de 86 anos, sonha com a vitória de Angola, mesmo que o filho não marque.
“Eu espero a vitória, mesmo que o Mabululu não marque, o que interessa é o país, é a seleção. Nós queremos a vitória e tenho a certeza de que o Gelson Dala, o Mabululu e o Gilberto vão-nos dar a vitória. Ganhar a CAN é a perspetiva que temos e, na qualidade de ser angolano e como pai que sou, a taça tem que vir para Angola”, vaticinou.
O pai de Mabululu tem seguido a carreira do filho com emoção, destacando o golo marcado na estreia da seleção na presente edição da CAN, diante da Argélia, quando os angolanos perdiam por 1-0.
“O golo que ele marcou frente a Argélia, quando empatámos 1-1, é o golo que está na minha mente, foi um golo de classe. A família emocionou-se, inclusive a nossa rua ficou cheia e todos gritavam pelo nome do Mabululu”, lembrou.
A mulher do avançado angolano, Cesarina Paciência, também sonha com a conquista do troféu, mostrando-se feliz pelo desempenho e união demonstrados pelos jogadores da seleção angolana em campo.
“Estou a gostar do sucesso da nossa seleção, há muita motivação e união, e esperamos que no jogo de sexta-feira tenhamos bom resultado e já acredito que eles vão trazer a taça para Angola e alegrar o povo”, disse.
Também para Cesarina Paciência, o golo do empate diante da Argélia foi um momento emocionante.
“Os meus filhos estiveram atentos para verem o pai jogar, mas o que mais me impressionou foi ver a minha bebé de três anos, ela gritava, subia por cima dos bancos e mesas, e gritava e repetia várias vezes, o papá marcou”, contou.
O irmão mais velho de Mabululu, Agostinho Cristóvão Paciência, também ele antigo jogador, elogiou o desempenho do irmão e da seleção angolana na competição, que tem sido “surpreendente”.
“O Mabululu e a seleção têm tido prestação positiva e surpreendente, porque muita gente não acreditava na nossa seleção, ao longo dos jogos foram mostrando que podemos contar com eles”, congratulou-se.
Agostinho acredita no triunfo dos angolanos e acha que vão chegar ainda mais longe.
“Como desportista digo que existem três resultados possíveis, a vitória, o empate e a derrota, mas, como angolano que sou, estou esperançado numa vitória dos Palancas Negras e também na conquista da competição”, disse à Lusa.
Da mesma visão partilhou o amigo de infância de Mabululu, José Campos Vitoriano, que aproveitou o momento para expressar o que sentiu aquando do golo no jogo de estreia de Angola frente à Argélia.
“Todos nós ficámos desmoralizados quando vimos o Mabululu como suplente, mas, quando entrou, tive a certeza de que fosse marcar o golo do empate e, empatou mesmo. Na sexta-feira, nós vamos ganhar à Nigéria, e essa taça vamos trazer para Angola. Vamos fazer história”, disse.
Nos quartos de final, Angola defronta a Nigéria, treinada por José Peseiro, pelas 17:00 de sexta-feira, em Abidjan, na busca por um inédito apuramento para as meias-finais.