CAN: Zâmbia quer recuperar antiga glória após uma década de eclipse
Conseguirá Avram Grant ter o mesmo desempenho de Hervé Renard? Antigo treinador do Chelsea, o israelita tem um longo caminho a percorrer antes de poder igualar os feitos do atual comandante da seleção feminina francesa, que colocou a Zâmbia no trono de África em 2012, quase 20 anos depois do terrível acidente de avião que dizimou a seleção, em 27 de abril de 1993.
Foi o apogeu dos Chipolopolos (balas de cobre), que não teve seguimento, pois foram eliminados na fase de grupos nas duas edições seguintes e falharam três edições consecutivas da Taça das Nações Africanas.
Nomeado em dezembro de 2022, o israelita utilizou três sistemas de jogo diferentes (4-2-3-1, 4-1-4-1, 4-3-3), mas os resultados têm sido altos e baixos, com uma equipa capaz de esmagar a Costa do Marfim (3-0), aguentar-se contra o Egito (derrota por 1-0), mas também sofrer derrotas feias contra o Kuwait (3-0) e o Níger (2-1), depois de ter vencido o Congo (4-2), estes dois últimos a contar para qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026.
No entanto, o empate em jogo de preparação com os Camarões (1-1) mostra que os Chipolopolos estão a chegar à boa fforma. O calendário é uma vantagem para a Zâmbia, já que Marrocos, favorito no Grupo F, será o último adversário, depois de RD Congo e Tanzânia. O suficiente para perspetivar, no mínimo, um lugar entre os melhores terceiros classificados.
Com um plantel equilibrado entre jogadores que atuam em casa ou no continente e elementos vindos de fora das fronteiras africanas, a Zâmbia espera ter encontrado a receita certa para lutar pelos oitavos de final e lembrar-nos que foi uma grande potência há não muito tempo.
Jogador em destaque: Patson Daka
O avançado Patson Daka entrou aos 89 minutos na 13.ª jornada do Championship ao serviço do Leicester, no primeiro jogo da época ao serviço do clube, e foi aposta regular nos últimos seis jogos. Nesses encontros consecutivos, o antigo jogador do RB Salzburgo (68 golos e 27 assistências em 125 jogos) recuperou a confiança com 4 golos e 2 assistências.
É certo que, à exceção do jogo contra o Ipswich, que está a segundo, os outros jogos foram contra equipas da metade de baixo da tabela, mas os números mostram a boa forma do zambiano que conta com 35 internacionalizações e 12 golos. Chamado à seleção principal logo aos 16 anos o avançado vive um bom momento com os Chipolopolos: 6 golos nos últimos 4 jogos, o último dos quais num amigável contra os Camarões, a 9 de janeiro (1-1).
Convocados
Guarda-redes : Toaster Nsabata (Zesco Utd), Lawrence Mulenga (Kabwe), Francis Mwensa (Green Buffaloes)
Defesas: Benedict Chepashi (Red Arrows), Stopila Sunzu (Jinan Xingzhou/CHI), Gift Mphande (Hapoel Rishon/ISR), Changa Chaiwa (Young Boys/SUI), Dominic Chanda (Dynamos/ZIM), Rodrick Kabwe (Zakho/IRQ), Zephaniah Phiri (Leopards/KEN), Tandi Mwape (TP Mazembe/RDC), Frankie Musonda (Ayr/ECO)
Meio-campistas : Kings Kangwa (Red Star Belgrade/SER), Clatous Chama (Simba SC/TAN), Benson Sakala (Mlada Boleslav/RTC), Emmanuel Benda (Roeka), Rally Bwalya (Sekhukhune/AFS), Golden Mafwenta (Vyskov/RTC), Lubambo Musonda (Silkeborg/DAN), Fredrick Mulambia (Dynamos/ZIM), Kel Vin Kampumbu (Zanaco), Kel Vin Kampumbu (Zesco)
Atacantes : Fashion Sakala (Al-Feiha/ARS), Lameck Banda (Lecce/ITA), Kennedy Musonda (Young Africans/TAN), Edward Chilfuya (Hacken/SUE), Patson Daka (Leicester City/ANG).
Jogos do grupo
Quarta-feira, 17 de janeiro, contra a República Democrática do Congo (20:00),
Domingo, 21 de janeiro, contra a Tanzânia (18:00),
Quarta-feira, 24 de janeiro, contra Marrocos (20:00).