Elefantes, leões, escorpiões ou tubarões: Como são conhecidas as seleções da CAN-2023
Ao todo são 24 as seleções que se vão digladiar na Costa do Marfim na procura de subirem ao topo do continente africano, ocupado atualmente pelo Senegal. O leque de equipas é diversificado e vai desde as nações do Magrebe (Argélia e Marrocos à cabeça), aos pesos pesados tradicionais (Camarões, Nigéria, Costa do Marfim, Senegal) até à ponta mais a sul (África do Sul).
Pese embora toda esta diversidade de nações, uma coisa parece haver em comum (duas, se considerarmos a paixão pelo futebol): as alcunhas. Das 24 seleções, só sete é que não são representadas por animais. Depois temos Faraós ou guerreiros.
Antes do pontapé de saída em Abidjan ondes os elefantes vão defrontar os djurtus, o Flashscore traz-lhe todas as alcunhas e as respetivas origens.
Grupo A
Costa do Marfim – Os elefantes. O nome do país dá uma boa pista. Além de ser o maior animal encontrado no território, também celebrizou o território no século XIX com o comércio do marfim.
Guiné Equatorial – Nzalang (O trovão). O clima tropical da Guiné Equatorial é propício a muitas trovoadas.
Guiné-Bissau – Djurtus. O cão selvagem africano, também conhecido como mabeco, que pode ser encontrado no país.
Nigéria – Super Águias. Símbolo da força, ficou gravado no emblema da federação. Inicialmente eram as águias verdes, mas em 1988 passaram a ser as Super Águias, após a derrota com os Camarões na final da CAN desse ano. Até à independência, em 1960, eram conhecidos como diabos vermelhos, pelas camisolas vermelhas.
Grupo B
Cabo Verde – Tubarões azuis. Aproveitando o azul, cor que predomina na bandeira, a federação de Cabo Verde escolheu o Tubarão como mascote, uma vez que é das principais fontes de turismo do país.
Egito – Os Faraós. O título atribuído aos reis do antigo Egito, evocam um passado grandioso que os jogadores esperam voltar a emular no campo de futebol.
Gana – As Estrelas Negras. Símbolo originalmente utilizado pelos movimentos de Pan-Africanismo e anticoloniais (criado em 1919 por Marcus Gravey), acabou por ser apropriado, em 1957, pelo Gana quando Theodosia Okoh o colocou na bandeira nacional.
Moçambique – Os Mambas. É a serpente mais mortífera de África. A Mamba Negra é predominante no território moçambicano.
Grupo C
Camarões – Leões Indomáveis. O leão é animal nacional dos Camarões, um símbolo de força e poder. Os indomáveis foram adicionados em 1972, depois do terceiro lugar na CAN de 1972, que se disputou no país.
Gâmbia – Os Escorpiões. O Escorpião Imperador é uma das espécies encontradas na Gâmbia e encontra-se entre um dos maiores da sua espécie.
Guiné – Os Elefantes Nacionais (Syli National). É uma das espécies nativas do país, sendo que o syli (nome em Sousou) era também a moeda utilizada. Faz parte do brasão do país desde 1960.
Senegal – Os Leões de Teranga. Palavra do dialeto Wolof, Teranga significa generosidade ou hospitalidade e é bastante ouvida no Senegal.
Grupo D
Argélia – Os Fennecs. Uma pequena raposa natural dos desertos do Magrebe, é o animal nacional do país.
Angola – Palancas Negras. Um antílope, é o símbolo nacional de Angola, país de onde se encontra a maior população.
Burkina Faso – Os garanhões. O garanhão branco é o símbolo nacional do Burkina Faso e encontra-se espelhado no brasão do país.
Mauritânia – Os Almorávidas. Império berbere do século XI, que chegou mesmo a ter territórios na Andaluzia e Sul de Portugal, incluía a Mauritânia entre as fronteiras.
Grupo E
Mali – As Águias. Nome que assinala os animais utilizados pelos Tuareg em caçadas.
Namíbia – Os Bravos Guerreiros. Uma alcunha que pretende indicar os Guerreiros Herero, naturais da Namíbia.
África do Sul – Bafana Bafana. Em zulu é traduzido de forma literal como os rapazes. Acabou por ser transformado num grito de encorajamento.
Tunísia – As Águias de Cartago. Um dos grandes impérios da Antiguidade, Cartago nasceu nas costas do Noroeste de África e tinha origem onde é a atual Tunísia.
Grupo F
Marrocos – Os Leões do Atlas. É uma espécie já extinta de leão, nativa do Magrebe, cuja população se espraiava entre Marrocos e Egito até 1960.
República Democrática do Congo – Os Leopardos. De 1971 a 1997, quando era denominado Zaire, o país teve como brasão a cabeça de um leopardo, numa alusão ao felino, cuja grande parte da população vive no território do país.
Tanzânia – A estrelas Taifa. Em Suaíli, Taifa significa Nação, pelo que os jogadores são as grandes estrelas da nação.
Zâmbia – Chipolopolo. Traduz-se do Chichewa como balas de cobre, numa alusão ao metal, cuja extração é uma das grandes atividades económicas do país.