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Exclusivo com Bruno Romão: "Acreditávamos que era possível levar Cabo Verde a um Mundial"

Bruno Henriques
Bruno Romão na equipa técnica de Cabo Verde
Bruno Romão na equipa técnica de Cabo VerdeArquivo Pessoal
10 anos depois de ter ajudado Cabo Verde a alcançar a melhor qualificação de sempre para uma Taça Africana das Nações (CAN) - 12 pontos num grupo a detentora do título Zâmbia, Níger e Moçambique - Bruno Romão, então adjunto de Rui Águas, recordou os momentos vividos ao Flashscore, e algumas das histórias que marcaram essa caminhada. Destacou o potencial do futebol africano, abordou a carreira que o levou à Arábia Saudita, Egito, Coreia do Sul e Finlândia, bem como não deixou de olhar para a realidade do futebol nacional.

- Vão fazer 10 anos da melhor qualificação de sempre de Cabo Verde para uma CAN (no caso a de 2015), em que ultrapassou Zâmbia, Níger e Moçambique. Como foi viver toda a fase de apuramento?

- Nós fomos apresentados no início de agosto, e daí até ao primeiro jogo no Níger foi um pulo. Foi tudo muito rápido, na altura a federação procurava ter mais recursos, a título de curiosidade fizemos a análise ao adversário um bocadinho à antiga, com vídeos que estavam disponíveis. Felizmente as coisas correram bem e fizeram sentido fruto da experiência que tínhamos. Por si só, o início foi desafiante. Era um grupo muito equilibrado, complicado. A Zâmbia tinha sido campeã africana em 2013, na altura tinha um dos melhores treinadores do continente africano que é o Hervé Renard. Era um conjunto de desafios. Foi novo viver a dificuldade das viagens, muito longas, com muitas escalas, atrasos, paragens em aeroportos (não tanto como a Nigéria recentemente). Mas depois havia a outra parte. Staff que queria andar para a frente, um grupo de jogadores que queria andar para a frente, queriam fazer história, voltar à CAN, ser grandes. Acabou por ser a esse nível algo muito rico. Foi a melhor qualificação de sempre, fizemos 12 pontos, ao quarto jogo já estávamos qualificados. Tivemos os dois últimos jogos de competição/preparação e foi de facto algo muito interessante.

- A qualificação em África, quer seja para o Mundial quer seja para a CAN, é das mais difíceis do mundo e uma seleção como Cabo Verde tem poucos recursos em termos de atletas. Acaba por ser um desafio enorme para um treinador…

- O Pedro Soares Gonçalves – selecionador de Angola e uma pessoa de quem sou muito amiga e aproveito para enviar os parabéns pela qualificação para a CAN – dizia que o futuro poderá ser África. O equilíbrio é muito grande, a margem de crescimento é muito grande. É verdade que existem problemas organizacionais, mas há muito factor de melhoria que pode ser resolvido e que acredito que possa ser resolvido. Esta questão da Nigéria na Líbia é pontual. O nível entre equipas é muito parecido. É muito difícil dizer que vamos ganhar este jogo, à exceção das maiores seleções a jogar em casa. De resto não consigo dizer que uma equipa vai ser primeira seguramente. A dimensão humana torna-se fundamental das pessoas que estão nestas equipas tem uma importância gigantesca. Tens de ter uma equipa com pessoas que não olham para si, mas para todos. Há sempre um elemento diferente, mas isso faz parte. Naquela qualificação e com aquele grupo encontramos pessoas com essa capacidade e isso equilibra muito a balança em África, porque a maior parte das equipas não tem isto.

- Um dos exemplos disso é o Gana que está em risco de não ir à próxima CAN...

- As relações internas de cada país entre federação e governo é muito cinzenta. O desafio dos selecionadores é atrair os jogadores a comprometer-se pela bandeira. Em Cabo Verde existe um grande respeito entre todos e pelos jogadores que jogam pela seleção, muito apreço, apoio incondicional. Uma coisa que é difícil de entender em Portugal. Nós enquanto adeptos não apoiamos incondicionalmente Portugal, não é tão unificado, digamos assim. E se calhar ali, por ser um arquipélago, pelas pessoas terem mais dificuldades e por esta seleção levar a bandeira pelo mundo inteiro tem um impacto diferente. E os jogadores sentem isso, não podem jogar sem dar tudo o que têm.

- Na altura tiveram noção do feito que alcançaram?

- Acho que o nosso registo dos quase dois anos que estivemos em Cabo Verde, com o Rui Águas a quem estou muito grato, nunca nos focamos nos feitos mas sim no passo a passo. Acabou por ser isso, estar muito focados na harmonia do grupo e em que existissem as melhores condições para o grupo render acabámos por criar algo. Fomos 30.º do ranking FIFA em 2015 e isso é… Tem a ver com consistência dos resultados e trabalhos. Aí sim. Na qualificação foi bom pela parte desportiva, que tivemos dois jogos em que podíamos experimentar alternativas diferentes e dar oportunidades a jogadores que estiveram no grupo e não têm tantas oportunidades. Aliás, nós temos uma histórica curiosa…

- Força…

- No quinto jogo, com o Níger em casa, qualificação resolvida, estádio cheio, festa. Havia uma receção aos jogadores no final do jogo. Deixámos o Júlio Tavares de fora daquela lista, ele era habitual, sabia perfeitamente que ia estar na convocatória. Mas à última da hora é preciso mais um ponta-de-lança e o Júlio lá vem, dois dias antes do jogo. Ele é um tipo bestial, chega cansado, foi para o banco, entrou, jogou 15 minutos e na primeira vez que toca na bola marca o melhor golo da qualificação. É esta alma, o jogador sente-se bem, está conectado com os outros, com a bandeira, com os adeptos e isso equilibra muito as coisas. E depois é muito difícil jogar em casa.

Bruno Romão ao lado de Rui Águas na seleção de Cabo Verde
Bruno Romão ao lado de Rui Águas na seleção de Cabo VerdeD.R.

- Sentem que lançaram as bases para o futuro?

- O que acontecia com o jogador cabo-verdiano é que muitos vinham para Portugal e para darem um salto competitivo tinham de ir para o estrangeiro. Na altura tínhamos o Fernando Varela capitão do Steaua Bucareste, o Marco Soares tinha sido campeão no Chipre, o Ryan Mendes estava no Lille, o Zé Luís no SC Braga, o Heldon no Sporting, o Djaniny era o melhor marcado no México, o Garry Mendes estava na LaLiga. Estes jogadores estavam num patamar de maturidade muito interessante e em níveis competitivos muito interessantes e havia muita fome de ter sucesso. Com estes jogadores agora ainda não passaram esse patamar, têm fome, vontade de fazer, de acontecer, mas muitos destes jogadores já tinha carreira sustentada. Eram jogadores de qualidade e personalidade. Há aqui o Odair Fortes, que jogava no Reims, praticamente desconhecido no futebol europeu, mas com muito mercado em França. Como é que lançamos as bases? Foi ter uma lista abrangente. Há jogadores que ainda hoje vão como o Steven Moreira, o grupo de guarda-redes já tinha o Vozinha. 

- E por falar em Vozinha, é um verdadeiro caso de longevidade que regressou a Portugal e tem sido um dos melhores de Chaves. Mesmo com Bruno Varela é titular da seleção. É uma instituição já..

- É um tipo bestial, um rapaz cinco estrelas. Bom profissional, rigoroso, competitivo, muito calmo. E aquele perfil elegante, alto e ágil faz com que tenha essa longevidade. Acho que em determinada devia ter tido oportunidades noutros patamares, sobretudo na Liga, e acho que merecia. Tem qualidade mais que suficiente para jogar em Cabo Verde, está num clube com ambições de subir e está a render. É um líder e este tipo de carácter é pouco entendido, mas é muito difícil de encontrar e por aí se explica essa longevidade dele.

Vozinha ao serviço do Chaves
Vozinha ao serviço do ChavesGD Chaves

- Com presenças na CAN, acredito que o objetivo de Cabo Verde seja ir a um Mundial. É algo que vê acontecer num futuro próximo?

- Eu acho que temos de ter na balança duas coisas muito claras. Uma é a capacidade que a seleção tem de ser competitiva nas qualificações depois é ter a noção da dimensão no contexto africano. Há passos que a federação tem dado, nomeadamente na questão das viagens serem menos desgastantes e isso equilibra muito os jogos. Para chegares a um Mundial, e nós saímos quando começámos a qualificação para o Mundial-2018, e acreditávamos que era possível. Só isso prova que é possível e que consegues competir, mas se consegues resultados é outra coisas. Todos os indicadores de dinâmica de grupo, competitividade dos jogadores, capacidade para superar os problemas, indicavam isso. Há um detalhe histórico, em 2015 Cabo Verde ganha pela primeira vez a Portugal. É o primeiro PALOP a ganhar à Seleção Nacional. Era um amigável, mas com muitos portugueses a entrar na lista de Fernando Santos. Havia indicadores que era possível, mas tens de estar sempre top e capitalizar o fator casa, pontuando fora de casa.

- E da qualificação guarda alguma história curiosa?

- Lembro-me de duas na primeira viagem. Uma de uma estadia muito longa num aeroporto, em Marrocos e complicações umas atrás das outras. Tínhamos almoço fora do aeroporto, aquilo não andou e tivemos de arranjar uma solução e andavam os jogadores com tabuleiros a servirem-se uns aos outros e ganhámos fora 3-1. Na mesma viagem, chegámos ao Níger muito tarde e eu entro no país quase como se tivesse a entrar em casa, nem me lembrei que era preciso um visto. Às tantas vão-me chamar a dizer que faltava o meu papel e eu lá fui e o visto era uma folha de papel, metade de um A5, rabiscado, com um carimbo e eu ainda uso como separador de um livro. Tenho outra história, do primeiro jogo que ganhamos em casa, por 2-1 à Zâmbia, foi o jogo inaugural do estádio de Monte da Vaca. Acabou o jogo e no final os adeptos envolvem o autocarro e pedem-me a camisola de adjunto. Nós só tínhamos duas, não havia muita fartura. Eu disse-lhe isso e ele disse-me que tinha faltado ao trabalho, então dei. O estádio esteve sempre cheio nos jogos em casa e isso é muito bom.

Da Arábia Saudita pré-investimento à organização dos países nórdicos

- Agora olhando para a carreira do Bruno Romão que é um verdadeiro globetrotter. Foi planeado ou as oportunidades foram surgindo?

- Não é de todo planeado. Na altura acabei o contrato com o Sporting e fui convidado para ir para a Arábia (Al Hilal), através do meu orientador de estágio na faculdade. Depois tudo o que apareceu foi circunstancial. A única diferença será o Pharco, como treinador principal, porque já tinha sido adjunto e voltei a ir lá parar. Os países nórdicos era algo que estava no plano, a Coreia do Sul conheci o Ricardo Peres a ver um jogo de Cabo Verde e ele convidou-me (para o Busan). Tenho o privilégio de ir trabalhando no que mais gosto e conhecer culturas a viver nelas.

- O Bruno Romão está na Arábia Saudita antes deste boom. Naquela altura existiam indícios deste investimento?

- Sinceramente, na altura já era financeiramente muito apelativo. Se se antevia este investimento? Não. Até porque havia e ainda há muito a fazer em termos de infraestruturas, estará melhor, mas há muita coisa a precisar de modernização. O Roberto Mancini tem referido muito isso, que existe a vantagem de ter melhores porque torna a liga mais competitiva, mas não tem mais intensidade porque nisso é preciso ter atenção ao clima e esses fatores, mas faz da Arábia Saudita, que era uma seleção muito competitiva no continente asiático caia. O grupo de selecionáveis ou joga menos ou em equipas de outra dimensão e isso cria desafios para o futebol local e alguém vai pagar isso no futuro. A menos que comecem a naturalizar estrangeiros, a seleção vai ser menos competitiva.

- E quando é surge o clique para ser treinador principal?

- Não houve propriamente um clique, isto falando por mim. Acabaram por acreditar na minha competência e deram-me oportunidade as coisas proporcionaram-se. Eu aceitei o Pharco sendo interino, acreditaram em mim para resolver o problema. Se me perguntas se eu me sinto capaz? Eu olho para isto como uma função. Como adjunto trabalhei com treinadores que viram em mim competência e bons valores e delegaram tarefas de liderança. Quando passas a treinador principal estás mais exposto, mas é uma função. Não é questão de ser o treinador principal, não é para isso que estou no futebol. Olho para a minha missão como a possibilidade de ajudar pessoas a melhorar e influenciar a carreira. Quero ganhar, mas olho para isto como uma função. Estou aberto a continuar como um treinador de alguém que posso contribuir, ou como técnico principal. 

- Falando no futebol nórdico, que tem sido um mercado mais explorado pelos portugueses, como é que surge esse interesse?

- A oportunidade estava dentro do plano, tenho um agente que me ajuda nesses mercados e a quem estou muito grato. O que me aliciou é o factor estabilidade e o respeito pelas funções de cada um, pela dimensão profissional. São campeonatos em que os portugueses que lá estiveram tiveram impacto e portanto é possível fazer isso e foi o que aconteceu. Saí por decisão própria, por ausência de desenvolvimento do clube (IFK Mariehamn), havia passos que não quiseram dar. Mas em termos de futebol na Finlândia, estamos a falar de um país em que o hóquei é o principal desporto, ao contrário da Dinamarca e Suécia, e isso tira importância ao campeonato. Mas existe uma preocupação da federação na formação, em ter treinadores a tempo inteiro, em ter jogadores a jogar em equipas seniores, muitos jovens com oportunidades – nunca vi uma primeira liga com tantos guarda-redes tão novos. Há uma visão a longo prazo que eu gosto e que me atrai. Depois há desafios que têm a ver com o jogador, ao nível da competitividade e da intensidade. É aí que podemos ter impacto. É um futebol com ideias positivas, os treinadores com ideias muito estáveis. É uma liga que tem de evoluir financeiramente, os clubes têm muitas áreas para desenvolver e catapultar isto. Mas é um país que me tratou muito bem e fui muito feliz.

Bruno Romão passou pela Finlândia
Bruno Romão passou pela FinlândiaProfimedia

- É um mercado onde os clubes portugueses se podem virar mais, como acontece com a Suécia? O Famalicão foi buscar o Otso Liimata, mas é um caso único.

- Acho que tem esse potencial, mas o jogador tem de ser bem enquadrado. O Otson tem qualidade, mas não acredito que consiga vingar na Liga, sem ter muitos jogos na Liga 2. A diferença é muito grande. Falta-lhe competição, mas tem qualidade. Para os clubes portugueses apostarem na Finlândia têm de apanhar os jogadores mais cedo, com 17, 18 anos e um plano para os fazer jogar. O Inter Turku tem um guarda-redes que pode ter uma oportunidade numa equipa de formação de um grande (Eero Vuorjoki) . Eles formam muitos e bons guarda-redes. Mas este é o plano até para recrutar na Suécia, vejamos o que o FC Porto vai fazer com o Deniz Gul, que tem de decidir em dar-lhe mais espaço competitivo na equipa B. Por exemplo, o Joe Mendes foi para o SC Braga, do AIK, não se adaptou e no seu lugar que o substitui foi o Rui Modesto que agora está na Udinese. Também existe esse caminho inverso para um jogador que esteja numa equipa de juniores e que pode ter essa possibilidade. Vou dar o Boubacar que fez formação no Sporting e agora é um dos melhores jogadores na Finlãndia.

A questão da competitividade em Portugal

- Olhando para o campeonato português, há alguma surpresa?

- Não é tanto uma surpresa, mas tenho gostado muito do que o Sporting tem feito. Estou curioso para ver como reage a esta série de lesões, não é fácil substituir aqueles jogadores. O Benfica tem vindo a evoluir bem, o facto consistência é muito importante e integrar algumas segundas linhas. O FC Porto vai fazendo o caminho dele. O SC Braga é uma surpresa porque não tem conseguido assentar o jogo, o Vitória SC está muito bem, com um futebol muito positivo e competitivo de um treinador que aprecio, o Rui Borges. O Famalicão tem um projeto muito sustentado, sólido, com jogadores interessantes, o Zaydou Youssouf vai saltar para outro patamar. Mas ainda é muito cedo, as coisas ainda estão em fase muito embrionária, como se diz não é como começa, é como acaba.

- Fala-se muito que em Portugal há falta de projetos desportivos, como vê essa questão?

- Há muitos treinadores diferentes e isso é positivo. Temos treinadores muito bons e da mesma maneira que eu vou lá para fora temos de aceitar que outros venham para cá e ter a oportunidade. É preciso tempo, o que tem acontecido com o Vítor Bruno é injusto, ele precisa de tempo. Naturalmente, sinto que em determinados clubes há menos tempo do que noutros e aí o projeto desportivo não existe assim tanto. Penso que para a sustentabilidade do futebol e dos clubes é preciso dar passos para os treinadores terem maiis tempo. O plantel é construído no verão de determinada maneira e passado três jogos está um treinador com ideias diferentes, não faz muito sentido. Eu senti isso na pele, nas minhas primeiras oportunidades, e é algo que tento influenciar oso meus clubes, que é ter contratações mais cedo. Ter mais tempo para trabalhar com eles, se entra um conjunto de jogadores no final do mercado e passados três jogos o treinador está a sair… Três jogos é uma pré-época.

Bruno Romão falou sobre o campeonato português
Bruno Romão falou sobre o campeonato portuguêsOpta by Stats Perform

- E nesse sentido, sente que existe mais ou menos competitividade no campeonato?

- Acho que enquanto houver disparidade financeira entre três clubes e o resto andamos aqui a brincar. O que o SC Braga faz é um milagre, tal como o Vitória. Enquanto continuarmos todos a aceitar esta condição a competitividade não vai ser a mesma. Uma coisa é ir competir com a equipa grande, se conseguirmos ter a bola vamos conseguir fazer coisas, mas contra uma equipa grande com estádio cheio e num momento bom… Podes ter os jogadores mais comprometidos do mundo, mas tens a bola quando calhar. É muito fácil criticar da cadeira, aqueles jogadores também querem ter a bola, mas os outros são muito melhores, tens de aceitar. Com esta diferença de orçamentos estamos a enganar. E a realidade é que com a qualidade dos nossos treinadores e dos jogadores que vamos buscar custa ver o Maccabi a ser competitivo com o SC Braga, não pode ser. É um clube que trabalha bem, mas falta o aporte financeiro para dar o salto. É sistémico, enquanto os direitos televisivos não forem repartidos é complicado.

- O que reserva o futuro?

- Eu estou a fazer um esforço, até pela dimensão familiar, para ficar na Europa ou ter a oportunidade de voltar a treinar em Portugal. Não depende de mim, tenho tido abordagens e ofertas interessantes, mas têm sido contextos que não acho que sejam para o momento. Será muito por aí. Estou aberto a continuar como treinador principal, que tem corrido dentro da normalidade, mas aparecendo uma boa oportunidade como adjunto estou aberto a isso. Vamos andar para a frente.

Bruno Romão estreou-se como técnico principal no Pharco FC
Bruno Romão estreou-se como técnico principal no Pharco FCPharco FC