Momento Flash da semana: Um herói chamado Ronwen
Se há coisa que as grandes competições têm o poder de oferecer é o surgir de novos heróis. Nomes poucos conhecidos do adepto de futebol que de repente ganham o estatuto de estrela. A África do Sul já conhecia um desses casos e todos se lembram do nome de Siphiwe Tshabalala que em 2010 marcou o primeiro golo do Mundial.
14 anos volvidos, os Bafana Bafana têm outro caso, numa posição mais recuada do meio campo. Numa Taça Africana das Nações com equipas como Costa do Marfim, Egito, Marrocos, Senegal ou Nigéria, poucos apostariam que uma das semifinalistas fosse a África do Sul. Outrora dominadora (campeão em 1996) e casa de uma das principais ligas do continente, a seleção tem sentido dificuldades, mas o que é certo é que estão a um passo da final da CAN-2023.
E muito por culpa de Ronwen Williams.Com 32 anos e uma carreira toda feita no campeonato sul-africano (pese embora ter feito a formação no Tottenham), poucos serão aqueles que já ouviram falar deste guarda-redes. Mas depois do que fez no passado sábado, nos quartos de final da prova, o nome elevou-se a um patamar de herói.
Com o nulo entre África do Sul e Cabo Verde a persistir em Yamoussoukro, Ronwen Williams deu uma autêntica aula de defender penáltis. Acertou o lado de todos os remates, mas só conseguiu travar os de Bebé, Willy Semedo, Laros Duarte e Patrick Andrade. Quatro penáltis defendidos, um recorde na competição.
Para encontrar algo semelhante é preciso recuar até 1986. Helmuth Duckadam defendeu quatro penáltis consecutivos e ajudou o Steaua Bucareste a vencer a Liga dos Campeões, num desempate diante do Barcelona.
Incrível, ou devemos dizer heróico?