Peseiro rejeita preocupações sobre falta de equilíbrio da Nigéria na CAN
Os três vezes campeões africanos abrem a campanha contra a Guiné Equatorial, em Abidjan, no domingo, com uma equipa liderada pelo melhor jogador africano do ano, Victor Osimhen.
Mesmo com uma série de baixas, a Nigéria pode contar com alguns dos melhores avançados de África, como Kelechi Iheanacho, Terem Moffi, Samuel Chukwueze, Moses Simon e Ademola Lookman.
No entanto, não há a mesma força em termos de profundidade noutras posições, com preocupações em particular sobre a posição de guarda-redes. Francis Uzoho, do Omonia Nicosia, do Chipre, tem sido a primeira opção nos últimos jogos.
"Acredito nos meus jogadores, em todos eles, desde o guarda-redes ao avançado. Todas as equipas têm, por vezes, mais força em determinadas posições. Isso acontece com todas as seleções. O meu trabalho e responsabilidade é criar uma boa organização, mas o principal é que acredito neles", disse Peseiro aos jornalistas em Abidjan.
A Nigéria tem sido afetada por lesões, com Victor Boniface, do Bayer Leverkusen, Umar Sadiq, da Real Sociedad, e Wilfred Ndidi, do Leicester, a desfalcarem a equipa antes do pontapé de saída na competição.
Peseiro confirmou que Moffi, do Nice, da Ligue 1, não vai cheegar a tempo de jogar contra a Guiné Equatorial, enquanto Iheanacho e o reforço de última hora Paul Onuachu, acabaram de chegar à Costa do Marfim.
"Kelechi chegou às quatro da manhã e está completamente recuperado. Boniface está lesionado, mas Moffi chega amanhã. O Sadiq também está lesionado e o Onuachu chegou às 4 da manhã de hoje. Os jogadores (lesionados) estão tristes, mas temos 25 jogadores com qualidade", apontou.
Todas as atenções estão viradas para Osimhen, descrito pelo capitão da Nigéria, Ahmed Musa, como "o rei de África". No entanto, as Super Águias não convenceram recentemente, perdendo para a Guiné no último jogo de preparação.
As hipóteses de chegar à fase final do Campeonato do Mundo de 2026 já foram comprometidas após os empates nas eliminatórias contra o Lesoto e o Zimbabué em novembro.
"O último jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo não foi bom, mas até agora só perdemos um jogo (competitivo), em casa contra a Guiné-Bissau, em que criámos muitas oportunidades", insistiu Peseiro.
A Nigéria vai defrontar a Guiné Equatorial na CAN, no domingo às 14:00, com a qual tem um histórico de confrontos favorável, com três triunfos nos três duelos anteriores.
"Jogar pela Nigéria não é fácil, com a história, o stress, a pressão. O povo da Nigéria quer ganhar, tal como nós. Não tenho medo por mim e pela minha equipa. Eles têm de responder em campo. Temos de compreender as críticas. Temos jogado bem, mas os resultados desses jogos pertencem ao passado. Esta é uma competição diferente", afiançou.