As imagens do ataque têm circulado nas redes sociais desde a manhã de segunda-feira, começando com um relato no X de uma testemunha que estava perto do relvado, no meio da multidão exaltada.
Um adepto na primeira fila em frente ao ecrã "bateu numa das raparigas e tentou arrancar o véu da outra", explicou a testemunha numa série de mensagens no X que provocaram uma cascata de reações, algumas delas ameaçadoras, e levaram o Lyon a emitir um comunicado.
"As duas raparigas chamaram um tipo do serviço de segurança, que fingiu não perceber e disse que não tinha acontecido nada", contou, dizendo-se pronto a testemunhar.
O Olympique Lyon "condena veementemente os atos de violência ocorridos no Estádio Groupama no sábado à noite", "oferece todo o seu apoio às vítimas" e "apoiá-las-á na sua queixa, juntando-se a elas como parte civil", declarou o clube num comunicado publicado no X. "Este comportamento inaceitável e chocante não tem lugar" no Lyon, pode ler-se.
"Nenhuma forma de violência tem lugar num estádio", foi a reação no X da associação Her Game Too France, dedicada à luta contra o sexismo nas bancadas, que serviu de ligação entre o clube e as vítimas.
Anoush Morel, presidente da associação, declarou à AFP que a vítima mais afetada, uma adepta de 24 anos residente na zona de Lyon, tenciona apresentar queixa o mais rapidamente possível.