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Exclusivo com Gary Pallister: Herói do United quer ver jogadores a "lutarem" pela Taça de Inglaterra

Joshua Donaldson
Gary Pallister conquistou a Taça de Inglaterra três vezes com o Manchester United, incluindo em 1994 (na foto)
Gary Pallister conquistou a Taça de Inglaterra três vezes com o Manchester United, incluindo em 1994 (na foto)Profimedia
Gary Pallister não tem ilusões de que a sua antiga equipa, o Manchester United, vai enfrentar as probabilidades mais difíceis do futebol mundial no sábado, quando defrontar o rival Manchester City, e apela ao espírito de luta dos red devils, que vão precisar dele se quiserem levantar a Taça de Inglaterra.

Acompanhe aqui as incidências do encontro

Pallister, três vezes vencedor da competição sob o comando de Sir Alex Ferguson na década de 1990, passou mais de nove anos em Old Trafford, numa altura em que o clube era a força dominante na cidade. Essa situação mudou nos últimos 10 anos, com o City a conquistar um inédito tetracampeonato no último fim de semana, enquanto o United ficou em oitavo lugar - o seu pior resultado da era da Premier League.

Mas a Taça de Inglaterra representa um desafio diferente para ambas as equipas e Pallister acredita que o Manchester United tem de jogar para os adeptos no sábado. Falando sobre a desforra da final do ano passado, disse ao Flashscore:

O antigo defesa do Manchester United, Gary Pallister, assiste ao jogo entre o Manchester United e o Manchester City em outubro de 2023
O antigo defesa do Manchester United, Gary Pallister, assiste ao jogo entre o Manchester United e o Manchester City em outubro de 2023Profimedia

"Tirando o facto de ser um dérbi, esta equipa tem conquistado tudo. Acabaram de vencer a Premier League e estão cheios de confiança. É um jogo muito difícil para qualquer equipa do mundo neste momento, quanto mais para uma equipa do Manchester United que tem tido muitas dificuldades esta época. Têm de aparecer, têm de lutar. Se estiverem a perder, não se podem deixar abater", começou por dizer.

"Têm de aparecer pelos adeptos que vão estar presentes nesse dia, pelo treinador e por eles próprios. Depende deles, mas é uma tarefa difícil", acrescentou.

Um bom resultado na final da Taça contra os rivais da cidade será um alívio para o treinador Erik ten Hag, que tem estado sob forte pressão devido a um fraco desempenho no campeonato, que incluiu uma diferença de golos negativa. Os problemas na defesa, explica Pallister, têm sido uma das marcas da temporada, e a inclusão de Lisandro Martinez no onze pode ser fundamental.

"Martínez está de volta, o que é um grande estímulo. Mas será que vai estar realmente à altura do jogo? Só o tempo dirá. Há muita negatividade neste jogo, penso eu, por parte dos adeptos do United. Mas acho que se podemos ter alguma esperança, é num jogo como contra o Liverpool, nos quartos de final, em que toda a gente esperava que fôssemos goleados", recordou.

"Fomos à luta e conseguimos a vitória, por isso, a atitude terá que ser a mesma. É preciso travar a intenção ofensiva do Manchester City, por isso, se Martinez estiver em plena forma, eu ficaria muito satisfeito. Não o vejo em plena forma porque só jogou 110 minutos desde a lesão. É um dos jogadores que nos faz muita falta. Defensivamente, temos de estar atentos", continou.

Independentemente do resultado de domingo, as especulações em torno do futuro de Ten Hag serão muitas no próximo verão. Mauricio Pochettino - que deixou o Chelsea por mútuo acordo no início desta semana - é um dos nomes que já foi ligado ao cargo em Old Trafford muitas vezes.

Agora que está livre, pode ser alguém que a direção do United pode procurar para mudar a sorte do clube após uma temporada tumultuosa. Mas Pallister acredita que as maiores mudanças devem ser feitas dentro de campo, com reforços em todos os setores.

"Tenho muita simpatia por ele (Ten Hag), com a quantidade de lesões que a equipa teve. Fomos bastante sólidos no ano passado (época 2022/23), conseguindo uma vaga na Liga dos Campeões, mas este ano tivemos todo o tipo de problemas com a nossa defesa. Acho que só fizemos dois jogos consecutivos com os mesmo quatro defesas, o que mostra essa dificuldade", apontou.

"Quando se perde esse tipo de solidez, as equipas podem ser destruídas. Tenho a certeza de que os médios pensam: 'mas não interessa se marcamos, vamos sofrer na mesma'. Não temos profundidade no plantel, precisamos de acrescentar um pouco mais de qualidade. Houve mudanças nos bastidores, com pessoas que vieram para ajudar no recrutamento, por isso veremos no verão", referiu, em relação à entrada do novo co-proprietário Jim Ratcliffe, que tem feito uma série de mudanças na equipa de gestão. 

"Temos de ser honestos e dizer que fizemos algumas más aquisições por muito dinheiro e isso está a corroer o clube e os adeptos. Esperamos que as coisas comecem a correr bem e que, com a chegada de Jim Ratcliffe e Dave Brailsford (diretor), possamos começar a pensar em trazer alguma qualidade para o clube", adiantou.

A primeira janela de transferências sob o novo regime de Ratcliffe está mesmo ao virar da esquina, resta saber o que vão fazer para resolver o problema da defesa.

Mas o que está claro é que um troféu este fim de semana - vencendo os detentores do título pelo caminho - dará ao clube o impulso que tanto deseja e abrirá o caminho para a Europa na próxima temporada.

É uma perspetiva tentadora para um clube desesperado por algum sucesso.

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