Conceição acusa árbitros de provocarem jogadores e que FC Porto joga "contra mais de 11 jogadores"

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Preparação depois do Estoril: "Foi a preparação normal de um jogo a meio da semana, análise e observação do adversário que tivemos no último jogo e hoje preparação em vídeo e campo do jogo com o Vitória. O normal..."

Análise ao Vitória SC: "Nas transições defesa-ataque é uma equipa muito capaz, mas não só aí, tem momentos muito interessantes, está a fazer uma época muito boa, num bom momento, atmosfera e ambiente. Espera-nos um jogo difícil, mas isso são todos".

Usado como bandeira nas eleições: "Não quero comentar, estou mais preocupado com o jogo de amanhã. Acredito que suscite alguma curiosidade, mas já falei sobre esse tema das eleições e candidatos. O presidente foi claro no que disse durante a entrevista, até sobre o jogo na Amoreira".

Perspetiva dos acontecimentos na Amoreira: "Foi um jogo onde, mais uma vez, houve coisas negativas e positivas dentro do jogo. Hoje olhámos única e exclusivamente sobre aquilo que não fizemos bem, houve parecenças no jogo com o Arouca no momento de posse, reação à parte e transição ataque-defesa. Houve situações que tiveram a ver com a nossa ocupação dos espaços, a paciência que tínhamos de ter perante um Estoril que pela primeira vez jogou daquela forma, foi a estratégia definida pelo treinador adversário. Cabia-nos a nós encontrar forma de fazer golos, que se complicou por tudo aquilo que se passou no jogo, mais as expulsões, que foram causa de algo. Que é completamente claro para toda a gente, só quem não quer, sinceramente. Hoje vi algo escrito por um ex-árbitro internacional espanhol que o Francisco fez falta sobre o Mangala porque entrou no espaço do defesa - isto é provavelmente a situação mais engraçada que eu passei em mais de 40 anos no futebol. Quero perguntar ao Mangala, porque foi meu jogador há alguns anos na Bélgica, se comprou aquele espaço de 2 metros quadrados onde ninguém pode entrar, porque senão é falta. É algo que sinceramente acho muito estranho. É um penálti claríssimo, que vem ao encontro de tudo o que foi esta época. O jogo do Estoril resume muito o que tem sido a época, jogamos sempre contra algo mais do que 11 jogadores - vem aí um processo, mas é verdade -, ou é o público adversário, ou o relvado, ou a chuva e por vezes a equipa de arbitragem não é feliz. E tem acontecido algumas vezes. Mas quando não é feliz nas decisões, eu entendo, porque eu também erro. Faço é de forma a não errar tantas vezes ou não cometer o mesmo erro". 

Arbitragem: "O que se tem visto não são erros técnicos, mas a provocação dos árbitros aos jogadores e a reação dos jogadores, se me perguntarem não foi bonita, obviamente que não concordo. Posso aceitar pelo que tem sido o acumular. No Bessa, o Manuel Oliveira perguntou ao Eustáquio em que piscina andava a treinar, no final do jogo foi unânime por ex-árbitros que o penálti era claro. O dizer isto durante um jogo, onde a emoção está à flor da pele, onde toda a gente envolvida está a viver ao máximo e um árbitro a dizer uma coisa destas a um jogador quer o quê? Que seja expulso? O árbitro tem de acalmar, ser o líder do jogo. Outro exemplo foi o do Hélder Malheiro no jogo com o Estoril, não este, no penúltimo jogo, passou pelo Francisco Conceição - há imagens -, deu-lhe um encontrão e disse-lhe 'comigo estás feito, vai-te f...'. Não sou eu que estou a dizer, esses áudios existem. Tivemos uma formação com a arbitragem e o responsável (Bertino Miranda) confirmou-nos esse áudio. O miúdo tem 20 anos, se devia ter feito aquilo no final e dirigir-se ao árbitro? Devia ter visto vermelho. Estou a defender os meus jogadores porque são atacados pela reação que têm, mas não vejo ninguém a defender a causa dessa reação. Isso é que eu estranho e tem acontecido ao longo da época. Penáltis claros depois revertidos quando são mostradas partes das imagens, mas não a totalidade e depois já passou e perdemos os três pontos. O treinador perde 2 ou 3 jogos e vai embora, os árbitros que fazem com que esses pontos decidam campeonatos vão para a Arábia apitar ou para a final da Taça de Portugal. Tem sido um acumular de situações. Temos de melhorar como equipa, eu, no meu trabalho de vídeo e campo, não toquei na arbitragem. Olhamos para os nossos erros, queremos corrigir, melhorar e evoluir e tem que ser assim com todas as equipas e intervenientes no jogo".

Jogo decisivo: "O jogo com o Estoril podia manter-nos na corrida pelo título, por isso é que eu acho estranho uma arbitragem tão fraca como esta. Na quarta-feira este árbitro apitou o Espanha-Brasil com jogadores do FC Porto e com um VAR que também é recorrente ter azar contra o FC Porto (Tiago Martins) e já não é deste ano, já no ano passado perdemos o campeonato por 2 pontos e o jogo com o Gil Vicente valeu três pontos. Foi só culpa da arbitragem? Não, há culpa também nossa. Este jogo na Amoreira mantinha-nos na corrida, podíamos ficar a 4 e 5 pontos em caso de empate, ou a três do Benfica ou a quatro do Sporting, dependendo de quem perdia o jogo. Há momentos na época que são decisivos e temos tido azar nesses momentos. O ano passado com o Gil Vicente e com o Estoril este ano".

Jogos da Taça para salvar a época: "É igual, não há jogos para salvar nada, somos um clube habituado a lutar por títulos até ao final. Na Taça se formos competentes vamos à final, no campeonato vamos dar tudo para chegar aos lugares da frente, todos os jogos são finais e ninguém desiste de nada, trabalhamos com a máxima seriedade. Às vezes as coisas não saem bem por culpa própria, vamos evoluir e dar o máximo até ao final da época".

Ausências de Diogo Costa e Francisco Conceição: "Não me posso contradizer na mensagem que passo ao grupo de trabalho: toda a gente é importante, tem valor e faz parte da primeira escolha, basta trabalhar. Não estão esses dois, estarão outros dois que serão competentes, seja o Samuel, o Cláudio ou o Gonçalo na baliza, na frente temos as nossas opções. É engraçado dizer na sua pergunta que o Francisco é um jogador diferenciado porque faz lembrar aqueles minis que passam a camião TIR e ainda bem".

Erros de arbitragem ligados às duas vagas na Champions: "Não vou comentar as palavras do presidente, não me fica bem porque sou um empregado do clube e não comento as palavras do número um do clube. Já falei o suficiente da arbitragem, preferia falar do Vitória SC. Vamos mais por aí, porque já basta de continuar a falar de temas que já têm para encher as primeiras páginas das próximas semanas".

Balanço da época só com a conquista da Taça de Portugal: "Faremos o balanço no fim, não é justo, ainda há dois títulos em disputa. Um está muitíssimo difícil, praticamente impossível e depois temos a Taça para tentar chegar à final, que não é adquirido, temos de trabalhar muito para o conseguir e no final faremos o balanço".