Conselho de Disciplina da FPF instaura processo disciplinar a treinador do Benfica
O CD da federação deu conta hoje, em comunicado, da “instauração de processo disciplinar a Roger Schmidt, por deliberação da Secção Não Profissional, de 08 de março de 2024, tendo por objeto apuramento de eventual relevância disciplinar dos factos participados pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol”.
Em 02 de março, o treinador ‘encarnado’ criticou o árbitro Fábio Veríssimo, que apitou o dérbi Sporting-Benfica, da primeira mão das ‘meias’ da Taça de Portugal, em que os ‘leões’ se impuseram por 2-1, no Estádio José Alvalade.
A propósito de uma publicação de Ángel Di María nas redes sociais, no dia seguinte ao jogo, na qual o extremo dos ‘encarnados’ afirmou que “ficou à vista de todos o que se passou” e que o Benfica está “sozinho contra todos”, Roger Schmidt defendeu que o árbitro merecia “ser criticado”.
“Tomou uma má decisão, pois marcámos um golo claro e ninguém me consegue convencer de que foi irregular. A ideia do futebol não é encontrar razões para anular golos. A ideia é marcar golos. Foi um golo bonito e decisivo e, portanto, é uma pena que o árbitro tenha cometido este erro. Mudámos o momento do jogo e é uma pena também para os adeptos, pois seria muito interessante ver o que acontecia no jogo se o golo tivesse sido validado”, disse, em conferência de imprensa.
No jogo de 29 de fevereiro, os ‘leões’ estiveram a vencer por 2-0, através dos golos de Pedro Gonçalves, aos nove minutos, e Gyökeres, aos 54, mas o Benfica reduziu por intermédio de Aursnes, aos 68, antes de Di María ter um golo anulado com recurso ao videoárbitro (VAR), que entendeu que Tengstedt, fora de jogo, interferiu na visão do guarda-redes sportinguista Franco Israel.
Para além desse golo anulado, o treinador alemão lembrou ainda uma situação de grande penalidade assinalada a favor do Sporting, numa queda de Edwards no interior da área, sem ninguém lhe ter tocado, que entretanto foi revertida pelo VAR devido a um fora de jogo no decurso da jogada.
“Toda a gente viu o que se passou na situação do penálti. O árbitro quis dar o penálti. Foi embaraçoso o que aconteceu na área. O jogador do Sporting não teve respeito ao tentar fazer batota com o penálti, mas também foi embaraçoso que o árbitro quisesse dar este penálti. O nível dos árbitros e das decisões tem de ser diferente neste tipo de jogos grandes. Neste jogo, a arbitragem não esteve ao mais alto nível”, concluiu então o germânico.