Do susto à reviravolta: FC Porto vence Vitória (3-1) e está na final da Taça de Portugal
Recorde as incidências da partida
Sem poder contar com Diogo Costa, Samuel Portugal, Fábio Cardoso, Iván Marcano e Zaidu, todos lesionados, além de Evanilson, castigado, e Jorge Sánchez, André Franco, Iván Jaime e Toni Martínez, afastados da equipa principal, Sérgio Conceição operou seis alterações em relação ao onze que empatou com o Famalicão: Cláudio Ramos, João Mário, Pepe, Alan Varela, Galeno e Taremi saltaram para a titularidade, ocupando os lugares de Diogo Costa, Jorge Sánchez, Zé Pedro, Marko Grujic, Iván Jaime e Evanilson.
Destaque, naturalmente, para Taremi, que voltou a ser titular pelo FC Porto, algo que não acontecia desde 29 de dezembro de 2023, frente ao Chaves.
Do lado do Vitória SC, sem poder contar com Ricardo Mangas e João Mendes, ambos lesionados, Álvaro Pacheco surpreendeu sobretudo na baliza e no ataque, com Charles no lugar de Bruno Varela e, na frente, Nélson Oliveira em vez de Kaio César.
Pesadelo, parte 2, aos 59 segundos
Grande ambiente no Dragão, apesar do atraso na entrada de vários adeptos para encherem o Estádio do Dragão e ainda muitos não tinham sentado, nem sequer entrado, e já o Vitória se colocava na frente. Estavam passados 59 segundos quando, na sequência de um lançamento de linha lateral, de Jota Silva, e com dois duelos aéreos ganhos na área, o segundo de Nélson Oliveira, Afonso Freitas surgiu ao segundo poste para inaugurar o marcador.
A reação do FC Porto surgiu aos 6 minutos, com Wendell a arrancar pela esquerda, mas a acabar lesionado no final do lance, já junto à área do Vitória. O lateral saiu pelo próprio pé, a coxear, mas regressou às quatro linhas. Aos 11' foi Galeno, pelo mesmo flanco, a fugir a dois adversários e a rematar rasteiro, para defesa segura de Charles.
Serenar dos 11 metros
Aos 22 minutos Francisco Conceição caiu na área, num lance com Charles. Artur Soares Dias mandou seguir mas, após ser alertado pelo VAR e rever as imagens, assinalou grande penalidade. No meio desta tomada de decisão, Borevkovic danificou a marca do penálti, na área de Charles, e acabou por ver cartão amarelo.
Chamado à responsabilidade, no regresso à titularidade, Taremi fez o 1-1, aos 26 minutos, apesar de Charles ainda ter adivinhado o lado da bola.
O FC Porto cresceu com o golo do empate, muito às custas de Francisco Conceição, mas foi na sequência de um lançamento lateral, cobrado por Galeno, aos 38 minutos, que os dragões quase deram a volta ao marcador: cruzamento do extremo luso-brasileiro e Pepe, de cabeça, a ver Charles brilhar, negando o 2-1. Aos 42' foi João Mário a fugir pela ala direita a cruzar para Pepê rematar e Charles, a dois tempos, defender.
Cinco minutos para lá dos 45 regulamentares, quem mais procurou o golo acabou mesmo por encontrá-lo: Francisco Conceição tabelou com João Mário e, de pé esquerdo, rematou cruzado para bater Charles.
Antes do intervalo, porém, haveria ainda tempo para Nélson Oliveira, de cabeça, atirar desviado quando estava solto na área portista.
Vitória mexeu em dose dupla
Para a segunda parte Álvaro Pacheco operou duas alterações, lançando Miguel Maga, perante as queixas físicas de Afonso Freitas, e ainda o jovem brasileiro Kaio César no ataque, retirando Nélson Oliveira.
Aos 56 minutos Tiago Silva, na área, rematou forte, a bola ainda desviou e saiu ao lado do poste da baliza de Cláudio Ramos, ganhando canto. Aos 58 foi Nuno Santos, com remate forte mas para Cláudio Ramos segurar, e aos 59' Kaio César, de cabeça, com a bola a passar ao lado.
Aos 66 minutos Galeno fugiu pela esquerda, tinha Francisco Conceição aberto na direita mas quis ir até o fim e viu Jorge Fernandes cortar na hora da finalização, antes de, no minuto a seguir, Nico González isolar o extremo, que com um toque a mais perdeu a hipótese de finalizar.
Trocar peças antes de colocar a pedra
Aos 69 minutos Álvaro Pacheco voltou a mexer em dose dupla, lançando Mikel Villanueva e André André, nos lugares de Jorge Fernandes e Nuno Santos. Respondeu Sérgio Conceição, com Romário Baró no lugar de Galeno.
Aos 75 minutos, quando Sérgio Conceição preparava a entrada de Gonçalo Borges, foi um dos jogadores lançados por Sérgio Conceição a estar na génese da jogada do 3-1: Romário Baró recuperou a bola, rasgou a defesa vimaranense e abriu em Pepê, que atirou para o golo do FC Porto.
Aos 78 minutos o treinador do FC Porto mexeu mesmo, tirando precisamente o autor do 3-1, Pepê, para a entrada de Gonçalo Borges. Aos 80' Bruno Gaspar, ao segundo poste, teve ocasião soberana para reduzir a desvantagem, mas não conseguiu o desvio.
A cinco minutos dos 90', Sérgio Conceição voltou a mexer, lançando Stephen Eustaquio, Danny Namaso e Wendel Silva, para os lugares de Nico González, Francisco Conceição e Taremi. Aos 88' Danny Namaso ficou perto de poder marcar, mas Charles leu bem o lance, saiu da baliza e conseguiu, ainda que com risco, o corte crucial. Aos 89' Tiago Silva tentou surpreender Cláudio Ramos, mas o remate saiu muito ao lado da baliza do FC Porto. Em cima dos 90', João Mário encheu o pé, já com pouco ângulo, e Charles defendeu para canto.
Aos 90+3' André André ainda rematou por cima da baliza de Cláudio Ramos, mas o resultado, e o desfecho da eliminatória, estava já sentenciado.
Depois da vitória pela margem mínima em Guimarães, o FC Porto confirmou o favoritismo em casa, com novo triunfo, e repete assim a presença na final da Taça de Portugal, onde vai defrontar o Sporting.
Homem do jogo Flashscore: Francisco Conceição (FC Porto)