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Reportagem: Jamor em festa à espera da dobradinha ou do título que salva a época

LUSA
Jamor é símbolo de convívio
Jamor é símbolo de convívioFC Porto
A dobradinha esperada há 22 anos ou o título que pode ‘salvar’ a época coloriram desde cedo neste domingo o Jamor de verde e azul, para a final da Taça de Portugal em futebol entre Sporting e FC Porto.

Fora do estádio, que encheu para o jogo com início marcado para as 17:15, milhares fazem a festa, que começou bem cedo com os tradicionais comes e bebes e muita música.

Com os adeptos divididos em duas zonas, a parte sul da mata do Jamor parece ter sido tomada de assalto por uma onda verde, ainda impulsionada pelo título de campeão nacional, mas onde é seguro passar com uma camisola azul e branca.

Miguel Coelho, que vive no Porto e é adepto do clube orientado por Sérgio Conceição, é exemplo da sã convivência que reina, quando, juntamente com as amigas sportinguistas Rita, Sissi e Tatiana, se refresca com uma bebida e vaticina uma vitória do seu clube, terceiro classificado da Liga.

Os adeptos do FC Porto no Jamor
Os adeptos do FC Porto no JamorFC Porto

Os golos vão ser do Evanilson e do Taremi. Ganhamos 2-0”, aposta Miguel Coelho, garantindo que foi “fácil arranjar bilhetes” e que “se fosse preciso arranjava mais”.

Conseguir um ingresso para o estádio foi uma luta perdida para milhares de adeptos do Sporting, que terão de se conformar e assistir ao jogo em écrans improvisados juntos aos assadores e às bicas de imperial, a menos que estejam dispostos a pagar quantias exorbitantes a quem conseguiu, e está agora disposto a vender.

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Ao lado de Miguel Coelho, a amiga Rita, de cachecol verde e branco ao peito, aposta num 2-1 para a equipa de Ruben Amorim, que procura repetir a ‘dobradinha” da época 2001/02, conseguida por Laszlo Boloni.

Num stand de uma casa de apostas, a convivência também é pacífica, os humoristas Guilherme Geirinhas e Diogo Batáguas, adeptos de Sporting e FC Porto, respetivamente, conversam calmamente, enquanto o também famoso Tino de Rans, fundador do partido RIR, pousa para as fotos, e elege a Taça como um momento único.

Adeptos do Sporting no Jamor
Adeptos do Sporting no JamorSporting CP

Este é um dia mágico, não é todos os dias que se vê uma festa como esta. Portistas e sportinguistas já ganharam com este ambiente maravilhoso”, afirmou Vitorino Silva à agência Lusa, deixando um desafio aos políticos: “Tragam para aqui (estádio Nacional) a Feira Popular”.

De camisola azul e branca vestida, Tino, que se define como “um político amado, que fala a linguagem do povo”, aposta numa vitória do seu clube, “nem que seja por meio a zero”, e diz que a final vai ser histórica, “com a Taça a ser levantada por dois presidentes, Pinto da Costa e André Villas-Boas”.

Após o apito inicial do árbitro Fábio Veríssimo, a mata continuará em festa, transformando-se num imenso estádio, ao lado do “velhinho” estádio Nacional, que ano após ano continua a ser o palco da “Festa da Taça”, prova que o FC Porto ganhou nos últimos dois anos.