SC Braga goleia Nacional (5-0) e tem pé e meio na final da Taça de Portugal
Duelo de contrastes na Choupana, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. De um lado, um Nacional a atravessar um momento delicado, com um empate e três derrotas concutivas nos últimos quatro jogos na Liga 2, na qual é 15.º classificado e luta pela manutenção. Do outro, um SC Braga motivado pelas quatro vitórias e um empate nos últimos cinco encontros da Liga portuguesa, numa altura em que ocupa de forma isolada o terceiro lugar, a apenas dois pontos do FC Porto, segundo colocado.
Sm poder contar com Rúben Ismael, por lesão, e Zé Manuel, por castigo, Filipe Cândido apostou em Lucas França na baliza dos insulares, promovendo ainda as entradas de André Sousa, Jota, Pipe Gomez e Carlos Daniel no onze.
Já Artur Jorge fez quatro alterações na equipa inicial, lançando Paulo Oliveira, Castro, Pizzi e Banza em detrimento de Niakate, Al-Musrati - que nem no banco esteve -, Bruma e Abel Ruíz.
A jogar em casa, o Nacional foi a primeira equipa a criar perigo. Logo aos quatro minutos, Rúben Macedo ganhou espaço pela direita e colocou a bola na grande área, onde surgiu Carlos Daniel para um desvio travado por Matheus.
A resposta do SC Braga chegou dez minutos depois, num remate cruzado de Iuri Medeiros que obrigou Lucas França a boa intervenção, antes de nova investida dos insulares, numa transição rápida que culminou com remate de Pipe Gomez para defesa atenta do guarda-redes contrário.
Racic entrou e o jogo mudou
As equipas dividiam o destino dos primeiros minutos, mas foi num azar de Castro que o encontro mudou. Aos 21 minutos, o médio sentiu um desconforto e pediu substituição, com Artur Jorge a chamar quase de imediato Uros Racic.
E foram precisos apenas quatro minutos para que o sérvio deixasse a sua marca. Pipe Gomez entregou mal a bola, Banza aproveitou para ganhar metros e serviu o médio, que, à entrada da grande área, tirou um defesa contrário do caminho e disferiu um remate colocado, de pé esquerdo, inaugurando o marcador.
A partir daí, o SC Braga tomou conta do encontro e foi chegando com mais perigo ao último terço, como aos 37, quando Victor Gomez ganhou terreno pela direita e tentou assistir Banza, mas o avançado chegou ligeiramnete atrasado, falhando o desvio.
Ainda assim, não tardou para que os guerreiros ampliassem. Perto do intervalo, e após jogada bem desenhada pelo ataque, Banza, com um toque repleto de visão, entregou a bola a Pizzi, que, com muita classe, picou sobre Lucas França, aumentando a contagem. O lance foi numa primeira fase invalidado, por alegado fora-de-jogo do médio, mas acabou validado depois de longa análise do VAR.
Dos 11 metros (praticamente) para o Jamor
Confortáveis ao intervalo, os minhotos puderam encarar a segunda parte com mais tranquilidade. João Mendes e Álvaro Djaló foram a jogo no reatar, para os lugares de Victor Gomez e Iuri Medeiros, mas voltou a ser pelo pé de Racic - agora pelo esquerdo - que se festejou.
Com seis minutos jogados, Banza tentou antecipar-se a Clayton, que o carregou em falta já dentro da grande área, num lance passível de grande penalidade. O avançado queria bater o castigo máximo, mas o médio não cedeu e, na hora da conversão, também não tremeu, apontando - ainda mais - o rumo do Jamor, que parece ser destino certo para o SC Braga.
A reação do Nacional, ainda que tímida,chegou à hora de jogo, num remate de Pipe Gomez para defesa segura de Matheus, e reforçada posteriormente por Luís Esteves, que entrara pouco antes, com um remate de pé esquerdo que passou por cima da baliza bracarense.
No entanto, Banza foi sempre um perigo à solta. Esteve envolvido nos três primeiros golos dos minhotos e, aos 75 minutos, servido por Racic, ganhou novo penálti... e conquistou também a possibilidade de o converter. Da marca dos 11 metros, encostou a bola à malha lateral, enganando Lucas França e dando contornos de goleada ao marcador.
A gerir, mas sem tirar o pé do acelerador, o SC Braga geria o encontro e voltou a celebrar no primeiro de três minutos de compensação. Num lance com elevada nota artística, Pizzi assistiu Banza com um pormenor fantástico e o avançado, à meia volta, coroou uma bela exibição com mais um golo, colocando os minhotos com presença praticamente garantida na final da Taça de Portugal.