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O Xeneize é a única equipa argentina em prova e está a três passos de conseguir uma sétima taça que lhe tem escapado, 16 anos após a sua última consagração, e é assim, sozinho, que vai enfrentar o domínio quase hegemónico dos brasileiros, já que, além do Palmeiras, o Internacional de Porto Alegre e Fluminense completam o quadro.
Em todo o caso, a situação não é diferente do que aconteceu nas últimas quatro edições, com quatro vencedores brasileiros, com os títulos conquistados por Flamengo (2019 e 2022) e Palmeiras (2020 e 2021), além de as últimas três finais terem sido disputadas entre equipas daquele país.
É aí que o Boca terá de ser titânico para virar a maré da história e tentar evitar outra decisão totalmente brasileira, uma tarefa mais do que difícil para os auriazuis, que mal conseguiram chegar aos quatro últimos.
Com mais garra do que lucidez, o histórico conjunto argentino apanhou pelo seu caminho o Nacional, do Uruguai, (0-0 e 2-2), e o compatriota Racing (ambos 0-0) em duelos difíceis, antes de encontrar refúgio na solidez do guarda-redes Sergio "Chiquito" Romero nas grandes penalidades.
O Verdão, por sua vez, passou por um duro confronto com o Atlético Mineiro nos oitavos de final e superou com mais tranquilidade a equipa colombiana Pereira numa eliminatória que resolveu nos primeiros 45 minutos na Colômbia (4-0) antes de um empate a zero no Allianz Parque.
Confronto de gigantes
"Vai ser um jogo muito difícil, sem dúvida nenhuma. É um choque de gigantes. Acho que o jogo da primeira mão será fundamental. Estamos muito concentrados, a trabalhar muito para conseguir um resultado positivo em Buenos Aires. Depois, vamos tentar eliminá-los diante dos nossos adeptos", disse o capitão do Palmeiras, o paraguaio Gustavo Gómez, ao site oficial da FIFA.
"Primeiro pensamos em quinta-feira, temos de conseguir uma vantagem. Temos de ganhar em casa, depois fora é outro jogo e pelo meio temos o clássico (contra o River). O Palmeiras joga bem, tem uma energia diferente. Temos de jogar de uma forma diferente, com outra vertigem e os jogadores sabem disso", disse o treinador do Boca, Jorge Almiron, cuja temporada está em jogo num espaço de uma semana.
No entanto, apesar das críticas, o Boca parece ter criado o seu próprio espaço na Taça Libertadores, onde se sente capaz de surpreender, mesmo durante uma época irregular, enquanto aguarda que a pólvora acenda para o astro uruguaio Edinson Cavani, que marcou apenas um golo em oito jogos com a camisola azul e dourada.
Além disso, os brasileiros têm o hábito de marcar presença nas fases decisivas da competição. A solidez da sua defesa, que está há nove jogos sem perder, aumenta a confiança da turma comandada pelo português Abel Ferreira.
O primeiro jogo será disputado esta madrugada, a partir das 01:30, horário de Lisboa, em La Bombonera, com arbitragem do colombiano Wilmar Roldan e o chileno Juan Lara no VAR. A segunda mão será disputada em 05 de outubro, em São Paulo.
Onzes prováveis
Boca: Sergio Romero; Lucas Blondel, Nicolás Figal, Marcos Rojo e Frank Fabra; Cristian Medina, Guillermo "Pol" Fernández e Ezequiel Fernández; Luis Advíncula, Edinson Cavani e Valentín Barco.
Treinador: Jorge Almirón.
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael, Gabriel Menino e Raphael Veiga; Mayke, Artur e Rony.
Treinador: Abel Ferreira.