Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Depois do sofrimento, a Glória é Eterna: Fluminense faz história e vence Libertadores (2-1)

Tiago Alexandre
Kennedy fez o golo da vitória
Kennedy fez o golo da vitóriaAFP
A final de 2008 - a única do clube até então - ecoava na mente dos adeptos tricolores desde o final da primeira década do século XXI, não só pela derrota nos penáltis frente à LDU Quito, mas também por ter sido em casa, no mítico Maracanã. 15 anos depois, a redenção chegou frente ao Boca Juniors. No mesmo palco, o Fluminense fez as pazes com a história, provou ser um "time de guerreiros" e inscreveu o seu nome na lista de vencedores da Taça Libertadores.

Recorde as incidências da partida

Boca JuniorsFluminense disputaram, este sábado, a grande final da Taça Libertadores 2023. Com a partida a acontecer no Rio de Janeiro, no mítico Maracanã, os dias e as horas que antecederam esta partida ficaram marcados pelas negras imagens de confrontos entre adeptos brasileiros e argentinos.

No que ao futebol diz respeito, o tricolor assumiu as despesas da partida desde cedo, controlando e parando os xeneizes, mas demorou a encontrar o caminho para a finalização. O primeiro remate acabou por ser feito por Cano, com a bola a acabar nas mãos de Romero.

O Boca Juniors cresceu e equilibrou a partida e, numa altura em que ninguém arriscava, o golo acabou por aparecer para a formação da "casa": jogada bem tricotada no lado direito do ataque do Flu, Keno cruza rasteiro e, no coração da área, Cano finalizou de pé direito. Até ao intervalo, o jogo continuou bem disputado e os brasileiros regressaram aos balneários na frente.

Na etapa complementar os papéis inverteram-se, com o Boca Juniors a dispôr de mais posse de bola e o Fluminense a jogar na expetativa, apesar de ter continuado a chegar perto da área adversária. Ainda assim, a partida ficou mais quezilenta e só voltou a "abrir" nos últimos 20 minutos.

Em cima do minuto 70, Ignacio Fernández recebeu ainda longe da área e atirou para a baliza, mas Fábio defendeu. A ameaça estava feita e, pouco depois, os xeneizes chegaram mesmo ao golo: Luis Advícula, ex-Vitória de Setúbal, recebeu de Medina na direita, aproveitou a passividade da defesa para puxar para o pé esquerdo e desferir um remate cruzado para o empate.

Já na parte final da partida, a defesa tricolor voltou a conceder espaço ao adversário e Merentiel desferiu um remate forte que saiu ao lado. Na derradeira jogada do tempo regulamentar, Diogo Barbosa apareceu na cara de Romero e, com tudo para fazer o golo, atirou ao lado, levando o jogo para o prolongamento.

Com o Boca Juniors a disputar mais um tempo extra nesta edição da Libertadores, à semelhança do que foi seu apanágio em toda a fase a eliminar, o jogo perdeu intensidade, com a fadiga e o passar dos minutos a fazerem-se sentir nos jogador. Ainda assim, o terceiro golo apareceu aos 99 minutos: grande jogada do ataque brasileiro, Keno recebe pelo ar e amortece de cabeça para o remate de Kennedy, idefensável para Romero. Na sequência do lance, o jovem avançado foi festejar com os adeptos e viu o segundo amarelo, deixando a sua equipa com 10.

Ainda antes do intervalo no prolongamento, Frank Fabra envolveu-se em picardias com Nino, atingindo o capitão do Flu no rosto e, após consultar as imagens do lance, Wilmar Roldán expulsou o argentino, restabelecendo a igualdade numérica no encontro.

Na etapa final da partida, o Boca Juniors acercou-se da área defensiva do Fluminense, que contou com a entreajuda e o espírito de sacríficio para segurar a vantagem mínima. Os brasileiros conseguiram mesmo sair para o ataque, aproveitaram as poucas unidades defensivas do rival, mas na hora da finalização Guga acertou em cheio no poste da baliza de Romero. Até final, os xeneizes continuaram a carregar, mas não conseguiram chegar ao golo e caíram na casa do rival.

Com esta importante vitória, o Fluminense conquistou a Taça Libertadores pela primeira vez, tornando-se no 26.º clube a levantar o maior troféu da América do Sul. Por seu turno, o Boca Juniors falhou o assalto ao primeiro lugar do palmarés, continua com seis conquistas, e tornou-se no clube com mais finais perdidas (6).