Ebere, o último africano a festejar um golo na Libertadores
Campeão do mundo sub-17 com a Nigéria em 2015, ao lado de jogadores como Victor Osimhen e Samuel Chukwueze, o avançado do Nacional tornou-se assim o primeiro jogador do seu país a marcar na Libertadores.
O seu penálti selou a vitória por 2-0 do tricampeão contra o estreante Academia Puerto Cabello, na Venezuela, no jogo da segunda fase, na quarta-feira.
Christian Ebere, de 25 anos, contratado pelo clube uruguaio depois de brilhar no Uruguai com 17 golos pelo Plaza Colonia na temporada passada, junta-se a uma restrita lista de marcadores africanos na Libertadores.
Melhor marcador: Salisu
Desde que o ganês John Dawson foi o pioneiro da Libertadores pelo Peñarol em 1981, nenhum jogador de Gana marcou tanto quanto o seu compatriota Ibrahim Salisu... mesmo que jogadores como o togolês Emmanuel Adebayor, que jogava no Cerro Porteño, tenham participado da competição.
Com o Caracas FC, Salisu marcou oito golos em duas edições da Libertadores: seis em 1995 e dois em 1996.
Teve uma boa experiência no clube doze vezes campeão do futebol venezuelano, com um total de 50 golos e quatro títulos.
Apostas bem-sucedidas
O Caracas não se saiu mal na sua aposta no talento africano, com o nigeriano nascido no Benim Samson Akinyoola a marcar quatro golos pela equipa: dois em 2021 e dois em 2022.
Foi o melhor marcador do futebol venezuelano em 2021, com 18 golos.
Kwaku Osei Bonsu, do Gana, juntou-se a ele na equipa e marcou um golo na Libertadores em 2022.
Precursores no Uruguai
Antes de Ebere, o Nacional já tinha celebrado golos africanos na Libertadores: o camaronês Benoit Angbwa marcou duas vezes na edição de 2003.
Um ano antes, o seu grande rival histórico, o Peñarol, tinha festejado um golo com talento africano neste torneio internacional. Joseph Akongo, dos Camarões, foi também o autor do golo do Carbonero.
Fama no Campeonato do Mundo
Muito recordado pelo seu desempenho no Campeonato do Mundo de 1990, em Itália, com os Camarões, em que chegou aos quartos de final com as suas famosas rastas, o médio Cyrille Makanaky jogou no final da sua carreira no Barcelona. Marcou um golo na Libertadores de 1996.
Infelizmente, a passagem de Makanaky pelo Equador terminou mal, com acusações de dívidas salariais.
Um finalista
Outro jogador africano a marcar na Libertadores foi o ganês Prince Amoako, com um golo ao Sporting Cristal, do Peru, na edição de 1997.
Além do golo, fez algo que os companheiros não conseguiram, ao chegar a disputar uma final, que acabou por ser conquistada pelo Grêmio.
Abdul Conteh, de Serra Leoa, com um golo pelo Monterrey em 1999, e Luís Leal, formado no Sporting e com passagem pelo Estoril, de São Tomé e Príncipe, com outro pelo Cerro Porteño em 2016, completam a lista.