Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Guitarrista, pedradas e cão invasor: as cenas inusitadas da jornada inaugural da Libertadores

Maximiliano Olivera, do Peñarol, foi alvo de covardia da torcida do Rosario
Maximiliano Olivera, do Peñarol, foi alvo de covardia da torcida do Rosario AFP
Um cão invasor, um solo de guitarra no meio do público, leitores nas bancadas e um golo com a cara: a Taça Libertadores da América está de volta a todo vapor e, com ela, várias imagens curiosas.

O fim da primeira jornada da fase de grupos do principal torneio de clubes da América do Sul deixou algumas imagens para a posteridade, além de grandes golos, resultados surpreendentes e consolidação de favoritos.

Uma delas, no entanto, diminuiu a alegria do regresso do grande campeonato: os incidentes violentos ocorridos na quinta-feira entre adeptos do Rosario Central, da Argentina, e do Peñarol, do Uruguai (1-0), que culminaram com o arremesso de uma pedra contra Maximiliano Olivera, do clube carbonero.

Para o Cobresal do Chile, um cão pareceu trazer sorte nos minutos finais da partida de terça-feira contra o Barcelona do Equador no estádio Zorros del Desierto em Calama.

O animal, apelidado de "Firulais" pelos comentadores de televisão, atravessou parte do campo aos 88 minutos, antes de um pontapé de canto e uma grande penalidade a favor do equipa da casa.

O médio Leonardo Valencia marcou o castigo máximo para fazer o resultado final 1-1 no jogo de abertura do grupo. O "Firulais" não voltou a aparecer depois da passagema fugaz.

No entanto, foi muito mais gentil do que o cão de caça Ron, da polícia, que mordeu as nádegas do guarda-redes colombiano-argentino Carlos Fernando Navarro Montoya durante uma luta na meia-final entre Boca Juniors e Colo Colo em Santiago, em 1991.

"Mais tarde, joguei no Chile e eles lembram-me sempre disso. Os chilenos provocam (fazem piadas). Eu andava por Santiago e eles começavam a dizer 'Ron, Ron, Ron'", recordou o antigo guardião em 2021.

O sonho de todo músico

Os presentes no estádio Hernando Siles, na altitude de La Paz, não testemunharam apenas a vitória do The Strongest por 2-0 sobre o Grémio.

Na noite de terça-feira, houve mais do que apenas futebol. Com um gorro a proteger do frio, um desconhecido fez um solo de guitarra no meio do confronto entre equipas da Bolívia e Brasil.

A guitarra elétrica, com corpo branco escuro, estava ligada a um amplificador de som no topo da bancada meio vazia no estádio Hernando Siles.

Ninguém pode acusar este artista não identificado de ser mentiroso quando diz que realizou o sonho de todo músico: tocar na frente de milhares de pessoas num estádio.

No Monumental David Arellano, casa do Colo Colo, as bancadas também tiveram uma função diferente na quarta-feira, durante a partida entre os albos e o Cerro Porteño do Paraguai.

Mais de um adepto local foram vistos a ler livros ou aparentemente a fazer os trabalhos de casa durante o jogoque terminou com uma vitória de 1-0 dos chilenos no último minuto.

Mais ao norte do continente, em Bogotá, a bancada sul do estádio El Campín recebeu o Flamengo na terça-feira com uma estrutura metálica coberta por um manto preto.

O motivo é a montagem do palco do show da artista colombiana Karol G, que se apresenta esta sexta-feira e sábado na casa do Millonarios, que conseguiu um ponto (1-1) contra um dos grandes favoritos ao título.

O golo de Bruce

A estreia de Sebastián Boselli na Libertadores foi ao mesmo tempo feliz e dolorosa. O defesa uruguaio de 20 anos marcou o primeiro golo da vitória do River Plate da Argentina por 0-2 sobre o Deportivo Táchira em San Cristóbal na terça-feira.

E fê-lo de forma incomum: depois do atacante Anthony Uribe afastar uma bola, a mesma atingiu-o em cheio no rosto antes de passar pelo guarda-redes Alejandro Araque.

O avançado colombiano Miguel Angel Borja, companheiro de equipa, riu durante a comemoração.

"Sebastián não consegue nem sequer comer hoje, porque mexeram-lhe na mandíbula", disse Pablo Boselli, pai do defesa, numa entrevista à rádio Sport890, do Uruguai, na quarta-feira.

O primeiro golo do defesa na Libertadores fez lembrar as defesas dilacerantes com o rosto de Bruce Ishizaki, um dos cativantes companheiros de Oliver Tsubasa na série animada Super Campeões ou Oliver e Benji.

"Isso faz parte das suas característica, a atitude de ir, procurar e tentar. Foi um golo que vale tanto como qualquer outro e que serviu para abrir uma partida muito complicada", acrescentou Boselli pai.

Nas redes, as imagens folclóricas foram celebradas com uma frase já patenteada para esse tipo de situação: "abençoada Libertadores".