Libertadores: Invicto há 12 jogos, Botafogo recebe Peñarol já a pensar na final
O emblema da Estrela Solitária disputará a sua terceira meia-final, a primeira desde 1973, dias depois de tropeçar no Brasileirão ao empatar em casa 1-1 com o Criciuma para ficar com o Palmeiras à perna.
O Verdão está agora a um ponto dos cariocas, no momento em que faltam oito jornadas para o fim, uma situação que lembra o revés histórico do Botafogo na temporada passada, quando desperdiçou uma vantagem de 13 pontos e os paulistas acabaram por erguer o troféu pelo segundo ano consecutivo.
Espantar fantasmas
Mas dentro da equipa liderada por Artur Jorge o otimismo é encorajado. Passado é passado e, em 2024, o Botafogo espera conquistar uma dobradinha inédita: vencer o Brasileirão e a Libertadores.
"Somos líderes, estamos na meia-final da Libertadores. Quem é melhor que nós? Quem? Ninguém (...) A dificuldade mostra do que somos feitos", disse o técnico português após o empate com o Criciúma, na sexta-feira, no Maracanã.
Apesar do deslize no Brasileirão, as palavras de Artur Jorge estão certas: o Botafogo não só tem hipóteses reais de conquistar dois títulos, como vários dos seus jogadores mais decisivos vivem um grande momento.
Luiz Henrique e Igor Jesus brilharam pela seleção brasileira nas vitórias contra Chile (2-1) e Peru (4-0) na jornada dupla de outubro para a qualificação sul-americana para o Mundial-2026, situação semelhante à do médio Thiago Almada pela Argentina.
O trio, ao lado do venezuelano Jefferson Savarino, deve liderar o ataque de um clube que ganhou o rótulo de favorito após eliminar Palmeiras e São Paulo nos oitavos e quartos de final.
Aguirre conhece o Botafogo
Os cariocas terão todos os seus jogadores à disposição no Estádio Olímpico Nilton Santos, além do respeito de um clube com longa história: o Peñarol, cinco vezes campeão do principal torneio de clubes da América (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987).
"Para mim, o Botafogo é o melhor clube da Libertadores. É o principal favorito ao título", disse o técnico uruguaio Diego Aguirre ao portal da FIFA.
Os Aurinegros desembarcam no Rio cheios de confiança depois de eliminar o Flamengo nos quartos de final, com um Maracanazo incluído, e dividir a liderança do Clausura do Uruguai com o seu rival Nacional.
Mas Aguirre, o técnico que levou o Peñarol à última final de Libertadores, em 2011, perdida para o Santos de Neymar, alerta que o Fogão não é o Flamengo... É mais complicado, pelo menos na perspectiva dele.
"O caso do Botafogo é totalmente oposto. Eles lideram o Brasileirão e os seus jogadores estão a marcar golos pela seleção. Estão no seu melhor. Portanto, o jogo será muito mais difícil", afirmou.
Para o jogo da primeira mão, o Peñarol não terá o autor do golo que apurou a equipa para as meia-finais, o lateral Javier Cabrera, lesionado.
O vencedor do confronto vai lutar pelo título contra Atlético-MG ou River Plate.